Estudo, Satanás e seus demônios tentam ser iguais a Jesus

Satanás e seus demônios tentam  ser iguais a Jesus

“Satanás é evidentemente a personificação do mal sob forma alegórica, visto não se poder admitir que exista um ser mau a lutar, como de potência a potência, com a Divindade e cuja única preocupação consistisse em lhe contrariar os desígnios. Como precisa de figuras e imagens que lhe impressionem a imaginação, o homem pintou os seres incorpóreos sob uma forma material, com atributos que lembram as qualidades ou os defeitos humanos. É assim que os antigos, querendo personificar o Tempo, o pintaram com a figura de um velho munido de uma foice e uma ampulheta. Representá-lo pela figura de um mancebo fora contra-senso. O mesmo se verifica com as alegorias da fortuna, da verdade, etc. Os modernos representaram os anjos, os puros Espíritos, por uma figura radiosa, de asas brancas, emblema da pureza; e Satanás com chifres, garras e os atributos da animalidade, emblema das paixões vis. O vulgo, que toma as coisas ao pé da letra, viu nesses emblemas individualidades reais, como vira outrora Saturno na alegoria do Tempo. (Allan Kardec- FEB- O Livro dos Espíritos, pg 102)”

“Origem do bem e do mal

1. - Sendo Deus o princípio de todas as coisas e sendo todo sabedoria, todo bondade, todo justiça, tudo o que dele procede há de participar dos seus atributos, porquanto o que é infinitamente sábio, justo e bom nada pode produzir que seja ininteligente, mau e injusto. O mal que observamos não pode ter nele a sua origem.

2. - Se o mal estivesse nas atribuições de um ser especial, quer se lhe chame Arimane, quer Satanás, ou ele seria igual a Deus, e, por conseguinte, tão poderoso quanto este, e de toda a eternidade como ele, ou lhe seria inferior.

No primeiro caso, haveria duas potências rivais, incessantemente em luta, procurando cada uma desfazer o que fizesse a outra, contrariando-se mutuamente, hipótese esta inconciliável com a unidade de vistas que se revela na estrutura do Universo.

No segundo caso, sendo inferior a Deus, aquele ser lhe estaria subordinado. Não podendo existir de toda a eternidade como Deus, sem ser igual a este, teria tido um começo. Se fora criado, só o poderia ter sido por Deus, que, então, houvera criado o Espírito do mal, o que implicaria negação da bondade infinita. (Veja-se: O Céu e o Inferno, cap. X: «Os demônios».) ( A Gênese- Allan Kardec- FEB- pgs 69,70)”

Talvez os irmãos possam estar pensando: Será que ele não está exagerando? Como é que um espírita pode achar que Satanás poderá algum dia ser igual a Jesus, se eles nem ao mesmo pronunciam neste nome ou reconhecem a sua existência como a Bíblia o apresenta, ou seja um anjo decaído?

Como pudemos estudar no item 2.1, onde afirmamos que para o espírita, o homem poderia ser igual a Jesus, o mesmo ocorre nesta situação, pelos seguintes motivos, entre outros:

a) eles não acreditam que alguém possa estar voltado eternamente para o mal, apesar de todas as evidências bíblicas mostrarem isso;

b) por não acreditarem que alguém possa ser mal eternamente, não podem acreditar na existência real de Satanás, preferindo antes, crer tratar-se de uma figura simbólica para expressar um estágio temporário a que todos os homens estão sujeitos, por terem sido criados simples e ignorantes;

c) se Satanás não existe como a Bíblia afirma, logo, não há também demônios; e

d) pelos motivos acima, o que existe na realidade, segundo eles, são espíritos impuros que através de várias existências sucessivas poderão alcançar a perfeição, portanto, serem iguais a Jesus.

Segundo a doutrina espírita, os homens foram criados simples e ignorantes. Com nítidas, mas tímidas propensões para o bem ou para o mal. No seu contato com o mundo físico; o espírito “encarnado” acaba invariavelmente tendo muito mais acesso ao mal do que ao bem e por isso se torna rebelde à vontade de Deus, ficando assim, temporariamente separado d’Ele; mas de experiências em experiências, alcançadas através das sucessivas existências físicas (reencarnações), conseguirá evoluir até ao ponto da perfeição.

Crêem, que Deus, sendo soberanamente Justo, Bom e Misericordioso, não criaria um ser, ou seres, voltados eternamente para o mal e o pior: fadados ao castigo eterno, pois, entendem que Deus em Sua Infinita Justiça, permitiria que esses espíritos se arrependessem dos males provocados e pudessem assim voltar a ter comunhão com Ele.

Seria muito bom que a vida fosse um eterno paraíso... Que Satanás e seus demônios não existissem... Dessa forma não haveria julgamento, nem condenação eterna.

Mas se tudo isso fosse correto, certamente não estaríamos aqui escrevendo esse livro, pois se Satanás não tivesse se rebelado contra Deus, talvez nem existisse o gênero humano, tendo em vista que fomos criados para louvar e adorar a Deus e também para juntamente com Cristo julgar a Satanás e os anjos que caíram com ele. Essa afirmação divina foi proferida quando da PROMESSA feita a Eva em Gênesis 3.15, pois Jesus é a semente da mulher que viria para pisar na cabeça da serpente:

“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gênesis 3.15)

Como comentamos, se entrarmos por esse caminho: o de achar que Satanás não existe, ele poderá agir livremente no nosso meio e com isso não nos preocuparemos com as suas armadilhas, não procuraremos estudar a Palavra de Deus. Não estudando, não oramos nem jejuamos e estaremos irremediavelmente perdidos, porque perderemos as quatro armas que temos contra o inimigo, pois apresentaremos: falta de conhecimento da Palavra de Deus, falta de fé em Jesus, falta de fé através da oração e do jejum. Seremos um prato fácil e agradável para ele e para seus comparsas.

Temos que tomar muito cuidado, pois se acreditarmos que não existe inimigo a ser combatido, nos tornaremos presas fáceis demais e quando tivermos caídos nas suas garras, somente a misericórdia divina poderá nos alcançar, mas poderá ser tarde demais. Muitos não têm uma segunda chance, pois se entregam tanto aos enganos, que por mais que os alertemos, não dão ouvidos.

Como já comentamos no início desse livro acerca da existência do diabo e de seus demônios, desnecessário se faz reprisarmos aqui todos aqueles tópicos, mas como poderemos verificar através da Palavra, o prato oferecido por ele é sempre muito bonito: todas as religiões conduzem a Deus... É bom ter uma religião... Todos somos irmãos e todos iremos viver juntos no mundo espiritual, etc.

Porém, em II Coríntios 11.13-15, verificamos que ele se transforma até em anjo de luz para nos enganar:

“Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás SE TRANSFORMA EM ANJO DE LUZ. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras.” (II Coríntios 11.13-15)

Ainda em João 10.10, a Palavra nos diz que: “o ladrão vem somente para roubar, matar e destruir...”

Vem roubar nossos valores espirituais: a certeza da presença do Senhor em nossas vidas; tenta fazer com que não acreditemos na salvação, tira a paz existente em nosso lar, na igreja, no trabalho, na escola, etc.

Vem matar em nós o desejo de modificar o mundo em que vivemos; o desejo de fazer a vontade de Deus; matar o nosso desejo de crescer e evoluir para melhor servirmos ao Senhor.

Vem destruir tudo aquilo que o Senhor construiu em nossas vidas, fazendo-nos descrentes, fazendo com que tenhamos um péssimo testemunho para apresentar aos nossos amigos, vizinhos e todos aqueles a quem o Senhor quer resgatar das mãos do inimigo.

Essa é a sua finalidade, a sua especialidade. O diabo não consegue criar nada, ele imita e destrói tudo que toca porque é mais fácil e enquanto vai destruindo tantas vidas acredita estar distanciando o dia do seu julgamento e sem perceber estamos colaborando com isso, na medida em que nos entregamos às suas sórdidas armadilhas e desejamos saborear os pratos por ele oferecidos. Pratos estragados, que aparentemente são saborosos, mas à medida que nos acostumamos vão ficando amargos até não conseguirmos mais comê-los, porém, já estaremos entregues aos seus “encantos” e seremos forçados a comê-los quer queiramos quer não, a menos é claro que retrocedamos, busquemos o perdão de Deus e sigamos fazendo a Sua vontade

Como dissemos anteriormente, estaremos transferindo as postagens referentes ao Tema "Reencarnação- Farsa ou Realidade?" que haviam sido postados no blog "Procurando os perdidos".

Seguiremos a mesma sequência da anterior.

Ao longo das postagens deixe seus comentários, pois serão de grande valia para buscarmos o verdadeiro entendimento do que a Palavra de Deus fala acerca dessa crença que no nosso entendimento é o que move toda a discussão em torno da Doutrina Espírita.