EDENILSON ROSSI
A REFORMA PROTESTANTE
INDICE
I - INTRODUÇÃO
03
II - MARTINHO LUTERO
04
A- SUA
VOCAÇÃO
05
B- O JUSTO VIVERA PELA FÉ 06
C
– SOBRE AS INDULGÊNCIAS 07
D – LUTERO SUAS TESE E EXCOMUNHÃO 08
III- A CONFISSÃO DE AUGSBURGO
10
IV- O COCILIO DE TRENTO 12
V-
ZUINGLIO REFORMA NA SUIÇA 14
A - ZUINGLIO E
SUAS IDÉIAS
14
B – A VISISÃO DE ZUÍNGLIO E LUTERO 16
VI-CALVINO E A REFORMA EM GENEBRA
16
A- AS OBRAS DE CALVINO E SEUS BENEFICIOS 20
B- OS
HUGUENOTES
21
VII - JOÃO KNOX
22
A - A
VITORIA 23
VIII- A
REFORMA NA INGLATERRA
24
IX- A
REFORMA NO BRASIL
25
X-
CONCLUSÃO
27
XI- BIBLIOGRAFIA
28
I
- INTRODUÇÃO
Os séculos 15° à 17° são
dentre todos os mais acidentados na História do mundo, e especialmente na
história elo Cristianismo. Houve uma quase que continua revolução dentro da
Igreja Católica, procurando uma reforma. Este despertar das consciências há
muito adormecidas, o desejo de uma reforma genuína" começou realmente no
século 13, ou possivelmente, um pouco antes. A História certamente parece
indicar isto.
De 1320 a 1384 viveu na
Inglaterra um homem que atraiu a atenção de todo o mundo, Seu nome era João
W'yc1iff. Foi ele o primeiro dos destemidos que tiveram a coragem de intentar
uma real reforma dentro da Igreja Católica. A História refere-se a ele varias
vezes, como a "Estrela d'Alva da Reforma". Viveu uma vida sincera e
frutífera , foi odiado, pelos lideres da
hierarquia. Sua vida foi persistentemente buscada. Finalmente morreu paralítico
Seguindo bem de perto as
pegadas de Wycliff veio João Huss, 1373--1415, um distinto filho ela longínqua
Boêmia. Sua alma correspondeu ao sentimento da brilhante luz da "Estrela
d'Alva da Reforma". Sua vida foi destemida e cheia de eventos, mas
dolorosa e miseravelmente curta. Ao invés de despertar um ambiente favorável a
uma verdadeira reforma entre os Católicos, ele despertou medo, aversão e
oposição, que resultaram na sua morte amarrado a um poste e queimado - um
mártir entre os seus. Todavia, ele procurou o bem de seu Próprio povo. Amou o
seu Senhor e o seu povo. Todavia, ele foi apenas um entre os milhões que
morreram por essa causa.
Depois de
João Huss da Boêmia, veio um maravilhoso filho da Itália, o mui eloqüente
Savanarola,. 1452-Jl498. Huss foi queimado em 1415 e Savanarola nasceu 37 anos
depois. Ele como Huss, ainda que católico devoto, encontrou os lideres de seu
povo - povo da Itália " como os da Boêmia, contrários a qualquer reforma.
Mas por sua Eloqüência poderosa, foi bem sucedido no despertar de algumas consciências
e assegurou um considerável Número de seguidores.
ruína absoluta para os superiores desta
organização. Assim, Savanarola, tão bom quanto Huss, devia morrer. E também ele
foi amarrado em um poste e
queimado. Dos homens eloqüentes desse grande período, Savanarola,
possivelmente, a todos suplantava. Não obstante lutava contra uma organização
poderosa e sua « existência reclama que combatessem a reforma, e desta forma
Savanarola devia morrer. No início do Século XVI, a Igreja atravessava uma das
fases mais difíceis da sua História. Ela já não era aquela Igreja pequena,
simples e pura dos Primórdios. Ela cresceu.
Surgiram concomitantemente problemas profundos e prolongados.
Sacerdotes
inescrupulosos fizeram sua, aquela que até então era tida como a causa do
Senhor. o sol da realidade do Evangelho
precisava nascer. Enquanto isso, nos campos ressequidos pelo desespero e
ignorância espiritual, a esperança reverdecia: nova era viria sobre o mundo. Grandes descobertas e inventos tiveram lugar
nessa época: Cristóvão Colombo descobriu a América; Pedro Álvares Cabra!
descobriu o Brasil; o tamanho exato da terra foi determinado; a descoberta do
sistema solar de Copérnico revolucionou as idéias humanas a respeito do
universo. Também, nessa época foi inventada a imprensa com tipos móveis por Gutenberg.
Graças a seus recursos, as idéias se espalhavam mais rapidamente.
A mente humana foi ainda mais despertada e
fortalecida para futuros empreendimentos, o maior dos quais veio a ser a Reforma
Protestante.
II – MATINHO LUTERO
Sentenciado por ordem Papal
a morrer queimado, João Huss um dos mais famosos a Reforma, no momento sua
execução, disse em alto e bom som: "Podem (na sua língua "huss
"é ganso), mas daqui a cem anos surgirá um cisne que não poderão
queimar." cem anos após ditas estas palavras, isto e, a 10 de novembro de
1483, em Eisleben, na Saxônia, nascia Martinho Lutero.
Lutero teve um preparo
religioso com base n a piedade simples da família alemã da Idade Média, misturado
de realismo e superstições características da era medieval. Na sua infância,
foi profundamente religioso, mas sem exageros, revelando alegria de viver.
Na idade de apenas dezoito
anos, ingressou na mais famosa Universidade alemã, a de Erfurt. Levou quatro
anos de estudos preliminares esse tempo, destacou--se como um moço estudioso,
orador capaz, hábil polemista, amante da música e admirado pelos colegas.
II
: A- SUA VOCAÇÃO
Já estava preparado para iniciar sua vida
profissional quando, de repente, para espanto dos amigos e desapontamento do
pai, tornou-se monge, entrando para o Convento dos Agostinianos, em Erfurt. Desejava
a certeza da salvação mais do que qualquer outra coisa, e com o propósito de
alcançar empreendeu peregrinações aos
locais indicados pela Igreja, jejuns e sacrifícios que às vezes iam além do
suportável por unta pessoa normal.
No
mosteiro, travou consigo mesmo uma grande guerra interior, pois não encontrou
ali aquilo que esperava alcançar. Foi um monge de vida exemplar. Contudo, sentia-se
extinguir a alma; sofrendo constantes tormentos diante da possibilidade de vir
a sucumbir sob a espada da ira divina. Quanto mais ele tentava alcançar a Deus
de acordo com os ritos da Igreja medieval, mais distante de Deus ele se sentia.
Foi através do Evangelho que Martinho Lutero
libertou-se de tanta angústia e terror espiritual. Muitas outras influências
contribuíram para isso. O vigário geral da sua Ordem, Staupitz, ensinou-lhe que
Deus era misericordioso, anulando assim seu pensamento de que Deus só fazia
castigar, não importando-se por revelar o seu amor para com o homem. N esse
tempo, Staupitz deu-lhe um trabalho a realizar: a responsabilidade de lecionar
filosofia na nova Universidade de Wittenberg. Então Lutero, estudando a obra de
Bemardo de CIaraval, encontrou a verdade a respeito da graça divina para com os
pecadores. Além disso, era ardente leitor da Bíblia, especialmente naquilo que
se relacionava com o seu ensino na universidade.
Antes de se revelar como reformador, Lutero
teve uma vida muito agitada. Entrou no mosteiro em 1505; foi ordenado em 1507.
Em 1508 foi a Wittenberg, em 1509
a Erfurt, em 1511 foi convidado para ensinar na
Universidade e Wittenberg, cidade onde passou a residir desde então. No verão
de 1511 a
negócio de sua Ordem, fez unia visita a Roma. Rezou em muitas igrejas e lugares
sagrados dos santos mártires. Viu muitas relíquias e ouviu muitas estórias dos
seus poderes milagreiros. Para livrar seu pai do purgatório subiu de joelhos .a
Scala Sancta, escadaria que se diz ter sido trazida da casa de Pilatos; em cada
degrau recitava o "Pai Nosso. Ao chegar ao topo surgiu-lhe uma pergunta:
"Quem sabe se tudo isto é verdade?" Mas isso logo passou; apesar de
ter se escandalizado com o que vira em Roma, voltou ao mosteiro e ao seu
ensino. Em 1512, tomou-se doutor em teologia.
II :B – O JUSTO VIVERA PELA FÉ
Foi no inicio do ano 1512, enquanto lia
a Epístola de Paulo aos Romanos, que Lutero encontrou a declaração
revolucionária: "O justo vivera por fé" (Rm 1.17). Estas palavras
como labaredas de Deus, incendiaram-lhe a mente, com vislumbres da verdade que
procurava há tanto tempo. Descobriu que a salvação lhe pertencia, simples e
unicamente por fé na obra que Cristo consumou na cruz. E foi com o intuito de
melhor compreender esta verdade, que empreendeu cuidadoso estudo das
Escrituras, e das obras de grandes mestres cristãos, como Agostinho e Anselmo.
Pelo estudo dos Salmos e das epístolas de Paulo, e nas suas preleções, ele
afirmou com suficiente clareza e certeza, que Deus salva os pecadores mediante
a fé no seu amor revelado em Jesus Cristo. Esta é a verdade da justificação
por fé.
Contra esta verdade
descoberta e agora vivida por Lutero, militavam os ensinos e mestres da Igreja
da Idade Média, que pregavam a salvação adquirida pelas obras e sacramentos
ministrados pela Igreja. Mas Lutero tinha convicção da verdade que descobriu
nas Escrituras e da magnitude das decisões que tomaria a partir dai: na defesa
da mesma. Essa experiência trouxe novo impulso à sua vida religiosa; impulso
necessário ao seu trabalho de reformar a Igreja que havia sido paganizada.
Por mais de quatro anos
Lutero trabalhou em \\fittenberg, decepcionado com a Igreja mas sem romper com
seus lideres. Nessa época, adquiriu projeção como um dos mais destacados
líderes da sua Ordem. Suas lições e preleções na Universidade, tinham o sabor
de um vinho novo.
Ele tinha uma capacidade extraordinária de
citar as Escrituras e aplicá-Ias às necessidades Espirituais e morais do povo
do seu tempo. As verdades recém-descobertas fizeram dele um pregador notável e
dotado de evidente unção do Espírito Santo.
Levadas verdades bíblicas que descobriu, .
Afinal alguma coisa o levou respeito destas grandes verdades. Quanto mais ele
falava das verdades bíblicas , mais claras elas se tomavam. Afinal alguma coisa
o levou a falar publicamente a respeito destas grandes verdades.
II
:C – SOBRE AS INDULGÊNCIAS
Numa
localidade próxima a Wittenberg, onde Lutero morava, em 1517, apareceu um frade
dominicano alemão de nome Tetzel, enviado pelo arcebispo de Mogúncia para
vender as indulgências emitidas pelo papa de Roma.
As indulgências eram apresentadas como
sendo favores divinos, concedidos aos homens mediante os méritos do papa, como
seja: o poder de perdoar pecados. As mesmas eram adquiridas em troca de
dinheiro, que, conforme os que as vendiam, seria usado na construção da
Basílica de São Pedro , em Roma .
Para comprar as indulgências, vinha gente dos lugares
mais distantes. Elas ofereciam diminuição de penas no purgatório.
O que chegou ao conhecimento de Lutero através
do confessionário convenceu-o de que o tráfico das indulgências estava
desviando o povo do ensino de Deus, e enfraquecendo seriamente a vida moral da
Igreja. Foi ai que Lutero decidiu enfrentar o erro e o abuso cometido , para
isso desenvolveu 95 teses para combater os erros.
Alberto, Arcebispo de Mogúncia, responsável
pela comercialização das indulgências, dá as seguintes instruções quanto ao
preço das mesmas, e possíveis favores delas alcançados:
A primeira graça oferecida
pelas indulgências, é a completa remissão de todos os pecados; nada maior do
que isto se pode conceber, já que os homens pecadores, privados da graça de
Deus, obtêm remissão completa por esses meios e de novo gozam a graça de Deus.
Além disto, pela remissão dos pecados, o castigo que se está obrigado a
suportar no purgatório por causa da afronta à divina majestade, é totalmente
perdoada e as penas do purgatório são completamente apagadas. E, embora nada
seja por demais precioso para ser dado em troca de tal graça, visto que é um
dom gratuito de Deus e a graça não tem preço, contudo, a fim de que os fiéis
cristãos sejam levados mais facilmente a buscá-Ias, estabelecemos as seguintes
regras, a saber:
Qualquer
pessoa que está contrita em seu coração e fez confissão oral, deve visitar pelo
menos sete igrejas indicadas para esse fim, a saber, aquelas nas quais estão
expostas as armas papais, e em cada igreja deve recitar cinco Pai-Nosso e cinco
ave-marias em nome das cinco chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo, por quem é
ganha a nossa salvação, e um Miserere, salmo que é particularmente bem
apropriado para obter o perdão dos pecados.
II: D – LUTERO SUAS TESE E EXCOMUNHÃO
o
conhecimento da verdade adquirida por Lutero, já o fazia capaz para julgar os
méritos da venda das indulgências papais, as quais Lutero via como um
verdadeiro assalto aos parcos recursos do povo, e completo desrespeito ao
futuro eterno do povo alemão. Foi assim que em 31 de outubro de 1517, véspera do Dia de Todos os Santos, quando
grande multidão comparecia à Igreja do castelo, na cidade de Wittenberg, que
Lutero afixara na porta da catedral, as suas 95 teses, que denunciavam o abuso
gritante da venda das indulgências papais. Era esse o método mais comum de se
anunciar unta disputa, nos meios universitários da época, e não havia nada de
dramático no ato. Lutero cria que receberia o apoio do papa ao revelar os males
da venda das indulgências.
Lutero jamais pôde imaginar a repercussão que
as suas teses teriam. Myconius, um contemporâneo de Lutero, escreveu sobre as
teses do reformador:
As teses,
em apenas 15 dias percorreram quase toda a cristandade, como se os anjos fossem
os mensageiros.
Inicialmente o papa achou graça nas teses de
Lutero, dizendo: "Um alemão embriagado escreveu-as Mas não tardou para que
ele mesmo tivesse que ar de idéia e começasse a agir contra esse monge rebelde.
A primeira atitude do papa
Leão X foi intimar Lutero a comparecer em Poma. Mas o Eleitor da Saxônia, admirador da
capacidade do ilustre professor de sua Universidade, temendo por sua vida,
resolveu protege-Io, não permitindo que ele fosse a Roma, ordenando que o caso
fosse resolvido mesmo na Alemanha. Seguiram-se as conferências de Lutero com os
enviados do papa, que em nada puderam fazer Lutero mudar de opinião quanto a
sua nova fé. Pelo contrário, em um debate em Leipzig, Lutero declarou que o
papa não possuía autoridade divina e que os concílios eclesiásticos não eram
infalíveis. Foram essas declarações que marcaram o rompimento de Lutero com a
Igreja Romana.
Lutero agora estava no
centro da batalha. Ele mesmo começava a ver a sua causa como uma causa de
redenção nacional. Sua doutrina de salvação e justificação pela fé estava
produzindo efeitos inimagináveis. Mas, só em 1520 é que Lutem revelou-se como
um grande líder nacional, ao escrever o livro A Nobreza Cristã da Nação Alemã,
através do qual proclama a queda das muralhas romanistas atrás da qual o papa
havia construído seu poder. Logo após, Lutem escreveu outros livros como
Cativeiro Babilônico da Igreja e Sobre a Liberdade Cristã.
No mês de janeiro de 1521, o papa publicou a
terrível sentença final, excomungando Lutero e condenando-o a todas as penalidades
conseqüentes da sua heresia. Mas, para que esta bula tivesse efeito legal,
dependia das autoridades civis para levar Lutero à morte.
Desse modo, ocaso tinha de ir a Dieta Imperial
que deveria se reunir naquele mesmo ano, em Worms. Era a primeira Dieta
do governo do Imperador Carlos V, o qual estava sofrendo forte pressão do papa
para condenar Lutero à morte.
Citado a comparecer perante a Dieta, certo de
que marchava para a morte, Lutero não temeu. Os amigos de Lutero insistiam para
que ele se recusasse a ir a Worms , não foi João Huss entregue a Roma para ser
queimado, apesar da garantia de vida dada pelo imperador?! Mas em resposta a
todos que se esforçavam por impedi-lo de comparecer perante seus terríveis
inimigos, Lutero, fiel à chamada de Deus, respondeu: "Ainda que haja em
Worms, tantos demônios quanto sejam as telhas nos telhados confiando em Deus,
eu ai entrarei".
Depois de dar ordens acerca da continuação do
trabalho, caso ele não voltasse mais, partiu resoluto.
Durante a sua viagem a Worms,
o povo afluiu em massa para ver o grande homem que desafiava a autoridade do
papa. Em Mora, pregou ao ar livre, porque as igrejas não mais comportavam as
grandes multidões que queriam ouvir seus sermões. Ao avistar as torres dos
castelos e igrejas de Worms, levantou-se na carruagem em que viajava e cantou o
seu hino preferido, o mais famoso da Reforma: "Castelo Forte é o Nosso
Deus." Ao entrar na cidade foi acompanhado por uma grande multidão. No dia
seguinte foi levado perante o Imperador Carlos V, ao lado do qual se achavam o
delegado do Papa, seis eleitores do império, vinte e cinco duques, oito marqueses
, trinta cardeais e bispos, sete embaixadores, os deputados de dez cidades e
grande Número de príncipes, condes e barões.
Lutero busca refugio em Deus
passando uma noite anterior em oração e vigília , e no dia seguinte ao se
dirigir para a assembléia um amigo lhe colocou a mão no ombro e disse vai e não
temas , avança diante de Deus e ele não te abandonara.
A sentença de morte contra Lutero teria de ser
cumprida rapidamente, o que não aconteceu porque o príncipe da Saxônia,
simulando um seqüestro, enquanto Lutero voltava para Wittenberg, levou-o, alta
noite, ao castelo de Wartburgo. No castelo, Lutero passou muitos meses
disfarçado; tomou o nome de cavaleiro Jorge, e o mundo o considerava morto.
Contudo, no seu retiro, livre dos inimigos, foi-lhe concedida a liberdade de
escrever, e o mundo logo soube, pela grande quantidade de literatura, que essa
obra saíra da sua pena e que, de fato, Lutero Vivia.
Profundo conhecedor do
grego e do hebraico, traduziu o Novo Testamento para a língua do seu povo, em
apenas três meses. Poucos meses depois a obra estava impressa e nas mãos do
povo. Contudo, a maior obra de toda a sua vida, sem dúvida, fora a de dar ao povo
alemão a Bíblia na sua própria língua.
III-
A CONFISSÃO DE AUGSBURGO
No dia 21 de janeiro de 1530, o
Imperador Calos V convocou uma dieta imperial a reunir-se em abril seguinte, em
Augsburgo, Alemanha. Ele desejava ter uma frente unida nas suas operações
militares contra os turcos, e isso parecia exigir um fim na desunião religiosa
que tinha sido introduzida como resultado da Reforma. Consequentemente,
convidou os príncipes e representantes das cidades livres do Império para
discutir as diferenças religiosas na futura dieta, na esperança de restaurar a unidade. De acordo com o convite,
o Eleitor da Saxônia pediu aos seus teólogos em Wittenberg que preparassem um
relato sobre as crenças e práticas nas igrejas da sua terra. Uma vez que uma
exposição de doutrinas, conhecida com o nome de Artigos de Schwabach, tinha
sido preparada no verão de 1529, tudo o que parecia ser necessário agora era
uma exposição adicional a respeito das mudanças práticas introduzidas nas
igrejas da Saxônia. Tal exposição foi, por isso, preparada por teólogos de
Wittenberg e, visto que foi aprovada num encontro em Torgau, no fim de março de
1530, é chamada de Artigo de Torgau.
No total são 28 Artigos
1º DE DEUS
2º DO PECADO ORIGINAL
3º DO FILHO DE DEUS
4º DA JUSTIFICAÇÃO
5º DO OFICIO DA PREGAÇÃO
6º DA NOVA OBEDIÊNCIA
7º DA IGREJA
8º QUE É A IGREJA
9º DO BATISMO
10º DA SANTA CEIA
11º DA CONFISSÃO
12º DO ARREPENDIMENTO
13º DO USO DOS SACRAMENTOS
14º DA ORDEM ECLESIÁSTICA
15º DAS ORDENAÇÕES ECLESIÁSTICAS
16º DA ORDEM POLITICA E DO GOVERNO
CIVIL
17º DA VOLTA DE CRISTO PARA O JUIZO
18º DO LIVRE ARBÍTRIO
19º DA CAUSA DO PECADO
20º DA FÉ E DAS BOAS OBRAS
21º DO CULTO AOS SANTOS
22º DAS DUAS ESPÉCIES DO SACRAMENTO
23º DO MATRIMÔNIO DOS SACERDOTES
24º DA MISSA
25º DA CONFISSÃO
26º
DA DISTINÇÃO DE COMIDAS
27º DOS VOTOS MONÁSTICOS
28º DO PODER DOS BISPOS
IV- CONCILIO DE TRENTON
Os cinco papas que
governaram a Igreja durante os 18 anos do Concilio de Trento (1545-1563) tiveram
pontificados de pequena duração.
Paulo lV foi eleito papa aos 66 anos e morreu
15 anos depois. Júlio III foi eleito aos 63 e morreu C111CO anos depois.Marcelo
II foi eleito aos 54 (a 10 de abril de 1555) e morreu 22 dias depois (10. de
maio), Paulo IV foi eleito aos 79 e morreu quatro anos depois.
E Pio IV foi eleito aos 60 e morreu sete anos depois. Com exceção do piedoso
Marcelo II, todos os outros mancharam seus pontificados com a prática do
nepotismo.
Paulo IV, por exemplo, fez
de seu sobrinho Carlos Carafa Cardeal Secretário de Estado. Esse homem era
imoral e destituído de consciência e abusou de seu ofício para cometer
extorsões vergonhosas. o 19° Concílio Ecumênico da Igreja, mais conhecido como
o Concílio de Trento, por ter se reunido em sua grande parte na cidade de Trento,
ao norte da Itália, realizou 25 sessões plenárias em três períodos distintos,
de 1545 a
1563. O primeiro período foi de 1545
a 1547. O segundo começou quatro anos depois, em 1551 e
terminou no ano seguinte. O último período começou dez anos mais tarde, em
1562, e terminou no ano seguinte.
A essa altura, a Reforma
Protestante já tinha se espalhado por todos os países da Europa Ocidental e da
Europa Setentrional. A abertura do Concílio de Trento deu-se 28 anos depois do
rompimento de Martinho Lutero com Roma (outubro de 1517) e nove anos depois da
primeira edição das Institutas da religião cristã, de João Calvino, em 1536 (um
livro de formato pequeno, com 516 páginas). Outras edições em latim e Francês
já tinham sido publicadas. Por ocasião da abertura do Concílio (13 de dezembro
de 1545), todos os reformadores, exceto Ulrico Zuínglio, ainda estavam vivos:
Martinho Lutero com 62 anos, Guilherme FareI com 56, Filipe Melanchton com 48,
João Calvino com 36 e João Knox com 31. Lutero morreria no ano seguinte (1546).
O Propósito
do Concílio de Trento era fazer frente à Reforma Protestante, reafirmando as
doutrinas tradicionais e arrumando a Própria casa. Portanto houve duas reações
distintas, uma na área Teológica e outra na área vivencial.
Um dos
papas teria confessado que Deus permitiu a revolta protestante por causa dos
pecados dos homens, especialmente dos sacerdotes e prelados .
No que diz
respeito à melhoria da conduta do clero, o Concílio foi
muito positivo. formulou-se uma
legislação com o objetivo de eliminar os abusos. Os sacerdotes deveriam residir
junto às paróquias, os bispos, na sede episcopal, monges e freiras em seus
mosteiros e conventos. A Igreja deveria fundar seminários para preparar melhor
seus sacerdotes.
Mas, no que
diz respeito às doutrinas postas em dúvida pela Reforma Protestante, o Concílio
de Trento nada fez senão confirmar o ensino tradicional católico. Enquanto os
protestantes afirmavam que a Escritura Sagrada é a única regra de fé e prática
dos cristãos, o Concílio colocava a
tradição e os dogmas papais no mesmo
pé de igualdade com a Bíblia.
O Concílio declarou que a tradução
latina da Bíblia, a Vulgata, era suficiente para qualquer discussão dogmática e
só a Igreja tem o direito de interpretar as Escrituras.
Também reafirmou a doutrina da
transubstanciação, defendeu a concessão de indulgências, aprovou as preces
dirigidas aos santos, definiu o sacrifício da missa, insistiu na existência do
Purgatório e ensinou que a justificação é o resultado da colaboração entre a
graça de Deus e as obras meritórias do crente. Outra resolução do Concilio de
Trento que acentua a diferença entre católicos e protestantes foi a inclusão de
livros dêuterocanônicos no cânon bíblico.
Depois do Concílio de 'Trento, a
cristandade ficou definitivamente dividida entre a Igreja Católica Romana e a
Igreja Protestante, por meio de suas diferentes denominações: valdenses, anabatistas,
luteranos, presbiterianos e outras.
A última sessão do Concílio de Trento
aconteceu no dia 4 de dezembro de 1563. Nesse dia foram lidas todas as decisões
tridentinas todo o texto ou apenas seus começos e encaminhadas ao Papa Pio IV para aprovação
final, o que ocorreu menos de dois meses depois, em 26 de janeiro de 1564. As
diferenças entre um credo e outro permanecem até hoje.
V- ZUINGLIO REFORMA NA SUIÇA
A Suíça do Século XVI era
uma confederação de treze pequenos Estados, chamados cantões, formado por um
povo de espírito patriótico e amigo da democracia. Mas, como em outros lugares
da Europa, a Igreja tinha ali sobre si o monopólio político dos governantes e
as diretivas religiosas do papa de Roma. Mas o povo não estava satisfeito com o
que acontecia, o que contribuiu para que a Suíça tomasse novos rumos políticos
e religiosos com a nova concepção da vida resultante da Renascença.
Ulrico Zuínglio nasceu a
19 de janeiro de 1484, Martinho Lutero tinha apenas 52 dias de idade. Graças à
influência do tio que era pároco em Wildhaus, vila onde morava, Zuínglio
conseguiu uma educação apurada, tendo chegado a estudar em universidades
famosas como as de Viena e de Basiléia.
Teve como mestre, muitos
dos homens tidos como grandes expoentes do pensamento renascentista,
destaca..i1do-se entre eles o grande humanista Tomás wyttenbach, que marcou-lhe
a vida por ensinar-lhe a divina autoridade da Bíblia, a morte de Jesus Cristo
como o preço único do perdão e a inutilidade das indulgências.
Não se tem
conhecimento que Zuínglio tenha passado por uma experiência de conversão tão
dramática quanto a de Lutero. Sabemos, sim, que a sua atitude religiosa foi
sempre mais intelectual e radical que a de Lutero. Zuínglio tomou-se sacerdote
somente por haver outros clérigos na família.
V:A-
ZUINGLIO E SUAS IDÉIAS
Em Glarus, Zuínglio teve a sua primeira paróquia. Foi ai
que ele aprofundou-se nos seus estudos das Escrituras à luz do ensino
reformista. Conta-se que quando o Novo Testamento grego de Erasmo veio à luz em
1516, Zuínglio o tomou emprestado de um amigo, copiou a mão as epístolas de
Paulo e as lia constantemente.
Residindo como sacerdote em Einsiedeln, lugar
onde iam muitos peregrinos, Zuínglio ficou profundamente triste e revoltado com
o espírito de idolatria, insensatez e superstições reinantes entre o povo
daquela cidade, alimentadas péla Igreja Romana. Com
parando essas práticas medievais com o ensino prático das Escrituras, ele
inclinou-se gradualmente para as verdades do Evangelho.
Em 1519, Zuínglio já era
tido por pregador notável, tendo pregado em Zurique, de onde sua fama se
espalharia por toda aquela região.
Por esse tempo, foi acometido de grave
enfermidade, que em vez de faze-Ia esmorecer, aprofundou ainda mais a sua vida
religiosa.
Em 1522 publicou um livro através do qual
L1lava abertamente dos motivos do seu afastamento da Igreja Romana. Como toda
grande causa tem grandes inimigos, a causa de Zuínglio tinha seus inimigos, os
quais não ficaram indiferentes à grande ascensão do reformador. Por esse tempo,
em virtude de distúrbios provocados pelos inimigos de Zuínglio, foi convocado o
Concílio de Zurique, que se propunha Pôr fim à controvérsia religiosa.
Depois de
demorado e caloroso debate, Zuínglio fez uma declaração de fé de acordo com os
princípios fundamentais da Reforma: o sacerdócio universal de todos os
cristãos. A declaração de Zuínglio enfatizava principalmente que:
Os homens são salvos por Deus por meio da fé
em Cristo.
Exaltou a autoridade da Bíblia.
Atacou a autoridade do papa, a missa e o
celibato do clero.
No final do
Concilio, a causa de Zuínglio era declarada vitoriosa, e assim, a Suíça rompia
definitivamente com a Igreja de Roma.
De Zurique, o quartel da reforma Suíça, a influência
de Zuínglio se espalhou rapidamente por todo pais. Graças a essa influência, em
cada região da nação surgiram outros destacados líderes para o movimento.
A influência de Zuínglio
também se estendeu pelo sul da Alemanha. Foi assim que surgiram dois aspectos
da Reforma, lado a lado: o de Zuínglio e o de Lutero.
V:
B - A VISISÃO DE ZUÍNGLIO E LUTERO
Depois do
histórico protesto de Espira, em 1529 , tomou-se evidente que mais cedo ou mais
tarde, os protestantes teriam de lutar em defesa da sua fé. Partindo desse
pensamento, grande esforço foi feito com o propósito de juntar luteranos e
zuinglianos de todo o interior da Alemanha e Suíça, com o propósito de formarem
uma liga defensiva, contra possíveis ataques da igreja papal. Por essa razão
fora marcada uma conferência entre os dois lideres, Lutero e Zuínglio. Para a
formação dessa Liga, necessário se fazia que houvesse harmonia doutrinária
entre ambos, o que não foi possível. Eles concordaram em catorze dos quinze
artigos que definiam os assuntos básicos da fé cristã, mas diferiam na doutrina
da Santa Ceia. Lutero continuava defendendo o princípio de que "o
verdadeiro corpo e o verdadeiro sangue de Cristo" eram recebidos pelos
comungastes ao lado do pão e do vinho, enquanto que Zuínglio defendia o ponto
de vista de que o sacramento é um memorial da morte do Senhor e que a sua
presença é unicamente espiritual. Aqui teve início a primeira das grandes
divisões do protestantismo nos ramos Luteranos e Reformado. Embora não tivesse
se destacado tanto quanto Lutero, Zuínglio foi visto Também como um servo fiel
e destemido, e um líder nobre e sábio que deu inspiração ao seu povo. Realizou
um trabalho permanente para a causa do cristianismo em seu país.
VI-CALVINO
E A REFORMA EM GENEBRA
Destinado ao sacerdócio, Calvino foi
enviado a Paris quando tinha apenas quatorze anos de idade, para realizar os
estudos preparatórios para a sua carreira eclesiástica. Cinco anos depois, o
pai decidiu que o filho estudasse Direito, o que fez em Orleans e em Bourges. Falecendo
o pai em 1531, Calvino resolveu seguir sua própria vocação enveredar pela
cultura das letras.
Assim foi a Paris a fim de estudar sob a
direção dos mais eminentes humanistas da época. Quando, onde e como Calvino se
tomou protestante, não se sabe ao certo. Sabe-se, no entanto, que sua mudança
resultou dos novos estudos e dos ensinos de Lutem. Declarou-se protestante em
1533, e, ao fim daquele ano, acompanhado de outros protestantes, teve de fugir
de Paris; em virtude de forte e violenta perseguição. Esteve por três anos em
Basiléia onde escreveu o livro A Instituição Cristã, pelo que foi honrado como
um dos mais ilustres lideres do Protestantismo.
Esse livro era um tratado de teologia
e declaração sistemática da verdade cristã sustentada e defendida pelos
protestantes e destinado ao uso popular. Calvinismo cristalizou a Reforma. Lutero e
Zuínglio tinham modificado radicalmente a antiga religião, mas, para além do
vigoroso realce dado à Palavra de Deus, as crenças reformadas careciam duma
autoridade precisa, duma direção organizada e duma filosofia lógica.
João Calvino deu-lhes tudo isso e mais ainda.
Ele foi um daqueles raros caracteres em que o pensamento e a ação se conjugam e
que, se chegam a deixar marca. A influência que de exerceu desde a cidade de
Genebra, que praticamente governou a partir de 1541 até à sua morte, em 1564,
espalhou-se pela Europa inteira e mais tarde pela América.
Calvino nasceu na França, a 10 de
julho de 1509, em Noiyon, onde seu pai era notário apostólico e delegado
fiscal. O pai era um respeitável membro da classe média, que esperava que o seu
segundo filho, João, seguisse a carreira eclesiástica; mas os seus antepassados
mais remotos tinham sido barqueiros em Pont- I'Evêque , no
rio Oise.
Calvino teve a sua infância em dias em
que a Igreja Romana e suas crendices tinham forte influência sobre o povo.
Naqueles dias o povo se dispunha a crer em qualquer coisa absurda. A Igreja
dizia possuir como relíquia, alguns cabelos de João Batista, um dente do
Senhor, um pedaço de maná do Velho Testamento, algumas migalhas que sobraram da
primeira multiplicação dos pães, e alguns fragmentos da coroa de espinhos usada
por Jesus. Diz-se que em Noiyon não se podia falar três palavras sem a
interrupção de um sino.
É incerto quando e como tenha Calvino
abandonado a fé dos seus maiores. Mais tarde ele escreveu.
Deus sujeitou-me o coração à docilidade através
duma conversão repentina. Sem dúvida que os seus interesses se foram desviando
dos clássicos e das leis para o estudo dos Pais da Igreja, e das Escrituras. As
influências primordiais foram provavelmente as do Novo Testamento grego de
Erasmo e dos sermões de Lutero.
O Testamento grego revelou-lhe até que
ponto a doutrina da Igreja se tinha afastado da narração evangélica. Os
escritos de Lutero faziam realçar aquela idéia que germinava agora na sua
própria mente e que iria influenciar dali por diante tudo o que ele fez, a de
que o homem, carregado de culpas, apresentando-se coberto de pecados perante o
Deus perfeitamente bom, somente pode salvar-se pela sua fé absoluta e sem
restrições na misericórdia divina.
Calvino passou a escrever a obra que
veio a ser o livro texto da Reforma Protestante, a sua INSTITUIÇÃO DA RELIGIÃO
CRISTÃ , que continha as idéias
fundamentais em que assentava o Calvinismo.
Ao cabo de 23 anos da sua primeira publicação - 1536 - os seus seis
capítulos originais tinham aumentado para oitenta, mas as idéias não tinham
sofrido modificações sensíveis. Talvez que nenhum livro publicado no século XVI
tenha produzido efeitos de tão largo alcance.
Quais eram os fundamentos
da sua crença? Tal como Lutero e Zuínglio, a Bíblia, a inspirada Palavra de
Deus, constitui a base final de todas as suas idéias.
Tal como sucede com os
velhos, e os que sofrem de oftalmias, e todos os que têm má visão, que, se lhes
pusermos diante nem que seja o mais belo livro, embora eles reconheçam que ali
está escrita alguma coisa, mal conseguem juntar duas palavras, mas, se forem
ajudados mediante a interposição de Óculos, começarão a ler indistintamente,
assim também a Escritura, reunindo todo o conhecimento de Deus na nossa mente,
outro modo confusa, dispersa as trevas e mostra-nos claramente o verdadeiro
Deus.
Embora Calvino admitisse
que a Escritura era totalmente isenta de erro humano, salientou que as
Escrituras são a escola do Espírito Santo, onde nada é omitido que seja
necessário e útil conhecer, e nada é ensinado, exceto aquilo que seja vantajoso
saber e sustentou que o Antigo Testamento era tão valioso quanto o Novo.
Ninguém pode receber sequer a mínima parcela
de reta e sã doutrina se não passar a ser um discípulo das Escrituras e não as
interpretar guiado pelo Espírito Santo.
É Óbvio que a Igreja e o
Estado devem ambos derivar a sua
autoridade da Escritura.
Calvino distinguia, como outros fizeram, entre
a Igreja visível e a Invisível.
A segunda era formada por todos os que estavam
predestinados à salvação.
A
teoria da predestinação de Calvino nasceu da sua crença na presciência absoluta
de Deus, e da firma convicção, robustecida pelas suas leituras de São Paulo e Santo
Agostinho, de que o homem é incapaz de se salvar pelas suas Próprias ações, somente pode ser salvo pela imerecida graça de
Deus, livremente concedida.
Mas se a Igreja é o grêmio dos
predestinados ou eleitos, ela deve necessitar de alguma expressão visível,
ainda mesmo que imperfeita.
A autoridade da Igreja é puramente
religiosa, assim como a autoridade do Estado é puramente política.
Calvino atribuiu uma autoridade de origem
divina e chamou aos magistrados de os ministros da justiça divina .
Enquanto a Igreja lida
com a vida da a/ma ou do homem
interior, os magistrados ocupam-se em estabelecer a justiça civil e exterior; da mora/idade.
Idealmente,
o Estado não deve interferir com a Igreja, embora deva fazer tudo aquilo que
puder para ajudá-la, mas Igreja também não deve interferir no Estado.
Os Regulamentos
Eclesiásticos de Calvino estabeleciam como devia ser governada e Igreja.
Esta tinha
2 instituições dirigentes, o Venerável
ministério e o Consistório.
O primeiro, formado pelos pastores, examinava os que se sentiam vocacionados para a ordenação, apresentando depois ao Conselho
para a aprovação aqueles a quem tinha escolhido, escutava os sermões sobre a doutrina, e agia
como censor moral.
O Consistório, um conselho de seis ministros e doze
anciãos escolhidos entre os membros dos três conselhos governativos, era de
todos os instrumentos de governo de Calvino o de maior significado. Em teoria
era um tribunal da moral, mas a moralidade em Genebra não tinha limites; o
Consistório tomava conhecimento de todas as formas de atividade, lidando com os
vícios mais graves e com as infrações mais banais. A sua disciplina era severa
e mantida por meio da excomunhão as sentenças que proferia eram muitas vezes
rigorosas, mas não o eram invariavelmente.
O adultério,
o jogo, as pragas, a bebida, o dormir na altura dos sermões e todas as práticas
suscetíveis de poderem ser consideradas católicas, tudo isso caia sob a sua
alçada.
Genebra
tomou-se a central do mundo protestante. Refugiados protestantes de toda a
Europa encontraram refrigério e ensino adentro das suas fronteiras, dando
rapidamente uma feição acentuadamente cosmopolita à cidade.
O ensino
calvinista floresceu na sua universidade e na Academia fundada por Calvino em
1559.
A literatura impressa em Genebra inundou a
Europa, quer através do mercado livre, quer vendida por colporteurs clandestinos os livros e folhetos
eram de formato especial para se poderem transportar sem serem descobertos.
Quando em
1564 Calvino morreu, pôde no mínimo repousar com o seguro conhecimento de ter
criado um dos mais importantes movimentos religiosos e políticos da história
mundial.
VI:A-
AS OBRAS DE CALVINO E SEUS BENEFICIOS
Por sua obra em Genebra, Calvino
alcançou três benefícios para o Protestantismo em geral.
A vida moral da cidade
foi um exemplo do que a fé transformada podia realizar e dai o poder de sua
propaganda.
Genebra foi transformada na cidade de
refugio para os perseguidos por causa da Reforma.
Para esta cidade livre veio gente dos
mais diferentes pontos da Europa, como seja. França, Holanda, Alemanha, Escócia
e Inglaterra.
Foi também um lugar de preparação para os
líderes do Protestantismo. . Na sua Academia e no ambiente da cidade,
foram preparados ministros devotados, instruídos, que se espelharam como
missionários da Reforma, pelos países onde esta ainda não havia entrado.
Muitos do refugiados voltaram aos seus
países de origem, fortalecidos por sua estada em Genebra e por seu contato com
Calvino. Um deles foi João knox.
Embora Calvino estivesse ausente da
França há vinte e sete anos, era o líder ausente da Reforma na França.
Seus livros, principalmente Instituição
Cristã, e demais idéias suas eram espalhadas como relâmpago por todo o país, as
quais eram aceitas e propagadas por humanistas franceses, os quais eram
estudiosos das Escrituras.
Mas quando os livros de Lutero começaram a
circular na França, foi grande a perseguição levantada contra todos quantos
defendiam os pontos de vista de origem reformista.
Em 1538 o rei Francisco 1, decidiu mover forte
e incessante campanha contra o ensino reformado. Foi no ardor das perseguições
que Calvino tomou-se o líder mais eficaz do movimento protestante no país,
dirigindo-o através de cartas e por meio de jovens pregadores enviados de sua
escola em Genebra.
Não obstante o sangue derramado e
muitos mortos, a Retorma espalhou-se por quase toda a França. Mas, só em 1559
foi organizada um igreja protestante nacional.
VI:B-
OS HUGUENOTES
o rápido crescimento
da influência da Reforma na França, contribuiu para que dentro de pouco tempo,
grande parte da aristocracia francesa fosse conquistada pela Reforma. Estes
grandes nobres, alguns príncipes de sangue real, não se submetiam facilmente à
perseguição, e começaram a falar de uma revolta armada.
Sob a liderança desses nobres, o movimento
protestante tomou-se não somente um movimento que visava a expansão das
verdades do Evangelho, mas igualmente uma luta contra o governo com o fim de
alcarlçar a liberdade religiosa. Por essa atitude os protestantes franceses
ganharam o nome de huguenotes.
foi a
princípio um apelido dado aos protestantes pelos católicos romanos. Sua origem foi a seguinte os protestantes
de Tours costumavam reunir-se à noite no portão do palácio do Rei Hugo. O povo
do lugar cria que o espírito do rei Hugo perambulava durante a noite.
Um monge dissera num sermão que os
protestante; deveriam ser chamados de huguenotes, que significa parentes de
Hugo, por que se pareciam com ele por andarem somente à noite.A guerra rebentou
em 1562, sendo os huguenotes comandados pelo almirante Coligny e o príncipe Conde.
Ambos lutavam contra a tirania da rainha
regente, Catarina de Médicis. Essa guerra foi a primeira das oito Guerras
Religiosas que durante mais de trinta penosos anos, quase arruinaram a França.
O partido
católico-romano estava decidido a lançar mão de todas as crueldades, como de
fato o fez. Esse partido era dirigido pelos jesuítas e pelo rei Filipe II, da
Espanha.
Apesar deste terrível
golpe, os protestantes se reabilitaram e continuaram a luta até 1598 quando a
guerra terminou com o célebre Edito de Nantes, que concedeu ao Protestantismo
um pouco mais de tolerância.
VII - JOÃO KNOX
A Escócia do Século XVI
era um reino independente. Seu clero católico tinha sido peculiarmente indigno
e incompetente. Por isto não surpreendeu que os ensinos da Reforma fossem ali
avidamente aceitos a despeito da disposição da Igreja Romana e do governo de
perseguir os pregadores da causa protestante.
o maior líder da causa
reformista na Escócia foi João Knox. Da sua vida passada apenas sabemos que
nasceu em 1515. Tomou-se sacerdote, foi tutor dos filhos de algumas famílias
nobres, e, depois, companheiro George Wishart, um dos mártires protestantes.
De sua ousadia como
pregador do cristianismo reformado, resultou em 1546, ser preso por uma força
francesa que fora enviada para auxiliar o governo escocês, por dezenove meses
suportou a vida de morte numa das galés de escravos na França.
Passou depois vários anos
na Inglaterra onde destacou-se como notável pregador. Ao rebentar a perseguição
no reinado da rainha Maria,fugiu para Genebra onde se ligou inteiramente a
Calvino.
Enquanto Knox achava-se no exílio, a Reforma prosseguia de
algumas forma na Escócia, sob a liderança de certos nobres conhecidos como os
Senhores da Congregação.
Quando Knox regressou em
1559 para assumir a direção do movimento, encontrou-os prontos a lutar pela
liberdade da fé contra a rainha regente.
Dispondo de tropas
francesas para lutar, ela teria alcançado a vitória caso Knox não solicitasse
auxilio a Cecil, secretário de Estado da rainha Isabel que viu quanto era
necessário ter uma Escócia protestante ao lado de uma Inglaterra protestante.
Em 1560 uma armada e um exército ingleses expulsaram os franceses em meio ao
maior regozijo do escocês.
VII;A
- A
VITORIA
o campo estava livre para
que Knox e seus companheiros de ideal entrassem em ação. João Knox
pregava freqüentemente com extraordinária eloqüência, fortalecendo a causa
reformista com seus argumentos poderosos. Tinha uma profunda paixão pelas
almas. Conta-se que um seu amigo o viu orando certa noite, sempre repetindo
Senhor, dá-me a Escócia, senão eu morro, Não demorou organizar-se uma igreja
reformada sob sua direção (Igreja Reformada Escocesa).
Auxiliado por outros ministros escreveu a
nobre Confissão Escocesa, O Parlamento adotou-a como o credo da Igreja
nacional, rejeitando ao mesmo tempo a autoridade do papa e proibindo a missa.
Foi ele também o principal autor do Livro da Disciplina, que traçava uma forma
presbiteriana de governo para a igreja, seguindo o mesmo plano da Igreja
Protestante Francesa. Em virtude dessas medidas reuniu-se neste mesmo ano, 1560, a primeira Assembléia
Geral da Igreja da Escócia.
As conquistas alcançadas tinham de
ser defendidas. Em 1561, Maria, rainha da Escócia, veio da França para reinar
em sua própria terra, decididamente resolvida a restabelecer o Catolicismo
Romano. E quase alcançou seu objetivo. Fracassou, devido parcialmente a sua
Própria perversidade e desatinos, o que despertou geral indignação contra ela,
e por outra parte, por causa da atitude decidida de João Knox.
Contra a rainha e os nobres que a
apoiavam, Knox sustentou a bandeira da causa protestante, com o auxílio sempre
crescente da parte do povo. Em 1567, Após a abdicação da rainha, a Reforma foi
reconhecida e confirmada pelo rei. Depois de alcançada a Vitória do
Protestantismo na Escócia, surgiu a luta pelo presbiterianismo.
O filho da rainha Maria, Tiago VI, que veio a
ser depois Tiago 1 da Inglaterra, tentou introduzir bispos na igreja escocesa.
Ela viu que um governo eclesiástico
presbiteriano nutriria e desenvolveria o espírito de liberdade entre o povo.
Igualmente, alguns nobres que se aliaram ao rei, julgaram que a introdução de
bispos na igreja lhes daria uma oportunidade de ficarem com as terras dos
bispos medievais. Foi nessa época que levantou-se André Melville, ousado líder
presbiteriano dos escoceses em decidida luta contra o rei. Por causa dos seus
esforços a Igreja Escocesa alcançou uma forma de governo presbiteriano completo
e que ainda não tinha sido plenamente alcançada desde que surgira a Reforma.
VIII- A REFORMA NA INGLATERRA
Muito antes
do rompimento de Henrique VIII com o papa, varias forças contribuíram para o
preparo do povo inglês a fim de receber a Reforma. A maior dessas forças foi a
organização dos Irmãos Lollardos que conservou vivos os ensinamentos de
Wycliff. Além disso, havia a propaganda das idéias reformistas pelos
humanistas, tais como Colet, a disseminação dos livros e ensinos de Lutero em
alguns lugares e a circulação extensiva, embora proibida, do Novo Testamento de
Tyndale, publicado em 1525.
É injusto afirmar, como muitos fazem, que
Henrique VIII se revoltou contra o papa só porque desejava uma esposa. Nesse
episódio estavam envolvidas graves questões de caráter nacional. Os estadistas
ingleses muito se preocupavam com o fato de não haver um herdeiro do sexo
masculino para a sucessão da coroa do país, que nunca conhecera o governo de
uma rainha. Havia também certa dúvida quanto à legalidade do casamento de Henrique com Catarina, segundo
as leis da Igreja. Desse modo houve alguma justificação para o seu pedido ao
papa, de anulação de casamentos antes porém de fazer o pedido, Henrique
colocou-se numa situação indesejável por sua súbita paixão por Ana Bolena que
era indigna de ser rainha do povo Inglês.
Quando o papa, por motivos políticos, não
atendeu ao pedido, Henrique, que jamais permitira que alguém lhe dobrasse a
vontade, resolveu livrar a Inglaterra do domínio papaL Conseguiu do Arcebispo
de Cantuária unia declaração de ilegalidade e conseqüente anulação do seu
casamento com Catarina, e da legalidade do seu casamento com .Ana Bolena.
Por tal ato foi excomungado por decreto papal.
A resposta de Henrique foi dada através de um ato do Parlamento em 1534, pelo
qual se declarava Chefe Supremo da Igreja da Inglaterra, e por uma proclamação
do clero que a ele se submetera, de que o papa não mais teria supremacia na
Inglaterra. O papa que o excornungou também não foi nenhum santo: teve muitos
filhos ilegítimos como o prova a história.
Nada tinha
sido feito até aqui no sentido de uma reforma real no terreno religioso. Quando
Henrique morreu em 1547, a
Igreja da Inglaterra ainda conservava seu credo e princípios doutrinários
romanistas. De uni modo geral a situação da Igreja coincidia com os pontos de
vista dos ingleses. Jamais eles obedeceriam a um bispo italiano, no que se
refere aos negócios eclesiásticos da Inglaterra, contudo, muita gente
conservava as antigas idéias religiosas. A força dessas idéias, porém, tinham
sido enfraquecidas por dois acontecimentos ocorridos no reinado de Henrique. .
Uma delas foi a ordem real para que cada igreja tivesse uma Bíblia completa, de
grande formato na língua inglesa e que fosse colocada onde o povo pudesse ler
com facilidade. A Bíblia usada pelo povo era principalmente da tradução feita
por Tyndale.
Desde então, essa tradução tem sido a base de
todas as Bíblias de língua inglesa que apareceram posteriormente. Outro ato
hostil contra a religião medieval foi o fechamento dos mosteiros e o confisco
das suas propriedades.
IX- A REFORMA NO BRASIL
A Igreja Católica, perseguindo,
excomungando e matando os protestantes ou qualquer que lesse ou possuísse seus
escritos.
Perseguidos pela Igreja Católica na França,
os Huguenotes fugiram para as Américas - novo e recém descoberto mundo.
Em 1557, quarenta anos após o primeiro ato de
Lutero, chegou ao Rio de janeiro um grupo de Huguenotes com o objetivo de
fundar aqui uma colônia chamada França Antártica, que deveria se caracterizar
pela tolerância religiosa. Eram os primeiros Protestantes a pisar em terras.
Três pastores protestantes
lideravam o grupo. Nesse grupo havia um homem, Villegaignon. Ao aportarem no
Rio esse homem os entregou às autoridades contra-reformistas. Alguns
conseguiram escapar, mas quatro deles Jean du Bourdel, Matthieu Verneuil,
Pierre Bourdon e André Ia Fon, foram presos e condenados à morte.
Eles foram presos não somente por aportarem no
país que era colônia portuguesa, mas por estarem difundindo o Evangelho da
Graça, que contrariava as doutrina Romana de salvação por fé e obras ( o poder
de Deus necessitaria da ajuda do homem no processo de salvação), agarrando-se à
doutrina Bíblica defendida por Lutero - Somente pela fé.
Antes de serem executados porém, os
protestantes eram obrigados a confessar sua crença uma vez mais, era um direito
do governador exigir dos súditos uma confissão de fé. Era como uma última chance
de renegar suas heresias, ou para que pudessem ser indiscutivelmente
condenados. Foi-Ihes dado um prazo de 12
horas para que escrevessem num documento tudo quanto criam.
Em doze horas aqueles quatro homens, com ajuda
apenas de suas Bíblias (pois não dispunham de outros livros com eles)
escreveram o que seria a primeira confissão de fé das Américas, mostrando aos
clérigos jesuítas tudo no que criam. Foi
uma espécie de Credo, e eles sabiam que com ele estavam assinando sua sentença
de morte.
No momento da execução o carrasco, por
conhecer a vida piedosa daqueles homens, recusou-se a executá-Ios. Impaciente,
o padre que os acompanhava, José de Anchieta, afastou o carrasco e ele mesmo
Pôs fim à vida daqueles homens. Era uma manhã de sexta-feira, 9 de fevereiro de
1558. Era aparentemente o fim do Protestantismo em terras portuguesas.
Só em agosto de 1859 um
Americano presbiteriano Ashbel Gree Simonton, de 26 anos, aportou no Rio e,
Após se tornar um conhecedor da língua portuguesa, iniciou em 22 de abril de
1860, aos domingos de manhã, uma escola Bíblica. O primeiro brasileiro a se
converter à fé reformada foi Serat1m Pinto Ribeiro, a 22 de junho de 1862.
Assim sendo a História do protestantismo no Brasil está intimamente ligada à
História do presbiterianismo reformado.
X-
CONCLUSÃO
Seguramente, muitos não
estudam a Reforma por mero desconhecimento do fato, por falta de informação ou
por não se aperceberem da sua importância na vida da Igreja e da humanidade.
Outros há que procuram um esquecimento voluntário daqueles eventos do século
XVI.
Martin Lloyd-Jones nos fala que entre aqueles
que rejeitam a memória da Reforma temos, basicamente, dois tipos de
argumentação: 1° Dos que dizem que o passado nada tem a nos ensinar; e 2° Dos
que vêem a Reforma como uma tragédia na História religiosa da humanidade. Para
os primeiros, somente o progresso científico e o futuro nos interessam.
Firmadas em uma mentalidade evolucionista, estas pessoas partem para uma
abordagem Histórica de que o presente é sempre melhor do que o passado. Eles
nada enxergam na história que possa nos servir de lição, apoio, ou alerta. Já
para os segundos, devemos estudar a unidade e não um movimento que trouxe a
divisão e o cisma ao cristianismo. Para eles, perdemos tempo quando nos
ocupamos de algo tão negativo.
Devemos reconhecer a
Reforma como um movimento operado por homens falíveis, mas poderosamente
utilizados pelo Espírito Santo de Deus para resgatar Suas verdades e preservar a
Sua Igreja. Não devemos endeusar os reformadores nem a Reforma, mas não podemos
deixá-la esquecida e nem deixar de
proclamar a sua mensagem, que reflete o ensinamento da palavra de Deus para os dias de hoje.
A natureza humana continua a mesma, submersa em pecado. Os problemas e
situações tendem a se repetir, até no seio da Igreja. O Deus da Reforma fala ao
mundo hoje, com a mesma mensagem eterna. Devemos, em oração e temor, ter a
coragem de pregá-Ia e proclamá-Ia à nossa Igreja.
XI-
BIBLIOGRAFIA
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Distribuidora Candeia São Paulo - SP
Oliveira Raimundo F. – Historia da
Igreja dos Primórdios a Atualidade – 2° Edição EETAD- 1992 – Campinas- SP
Cairns Earle E. – O Cristianismo Através
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Paulo – SP
Elwell Walter A. – Enciclopédia
Histórico Teológico da Igreja Cristã – Vol 3 – Editora Vida Nova 1990 São Paulo
– SP
Reily Duncan A. – Historia Documental
do Protestantismo no Brasil – Editora Aste 1984 – São Paulo – SP
Betterson H. – Documentos da Igreja
Cristã – Editora Juerp / Aste 2° Edição 1983 Rio de Jneiro – São Paulo
Gonzáles Justos L. – A Era dos Sonhos Frustrados - Editora Vida Nova
Vol 5 1989 São Paulo – SP
Gonzáles Justos L. – A Era dos Reformadores - Editora Vida Nova - 1986 São Paulo – SP
Champlin R.N. –
Enciclopédia de Bíblia Teológica e
Filosofia – Editora Hagnos 2004 - São
Paulo SP
www.ultimato.com.br
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COMO ATINGIRMOS O CORAÇÃO DE DEUS (IICr 7:14) “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.
Para Que Uma Pessoa, Uma Igreja, Uma Nação, Possa Receber As Bênçãos Das Mãos Do Deus E Necessário Atingir O Coração De Deus
Neste versículo aprenderemos como atingirmos o coração de Deus.
1º VOCÊ PRECISA SE HUMILHAR DIANTE DE DEUS
Um dos significados da palavra humilhar é: Submeter-se, render-se e prostrar-se
SE HUMILHAR é Submeter, é se por debaixo, é tornar dependente, é se sujeitar.
Então aquele que se humilha ele esta se colocando debaixo das mãos do Soberano,
Ele depende de Cristo para receber o perdão dos seus pecados.
SE HUMILHAR é se Render, mas se render do que:
Aos desejos e propósitos do Senhor Jesus em torna-lo cada vez mais puro e santo.
Aquele que se humilha, ele se torna dependente, ele se entrega a supremacia do Deus.
Ao tornar-se humilde está pessoa está submetendo a receber a graça e o perdão que nos levará a Deus.
SE HUMILHAR é se prostra, é se lançar aos pés daquele que tudo vê, tudo pode, tudo sabe.
É matar, deixar morrer, o desejo de vingança de orgulho, da carne.
Se humilhar, é reconhecer quem éramos no passado , e Deus nos deu uma nova vida.
A humilhação, faz toda a diferença na vida do cristão.
(Tg 4:10) Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.
(IPe 5:6) Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte
(Mt 23:12) “Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado”. .
Para mexer no coração de Deus, a primeira coisa que você deve fazer é se humilhar. ORA COMIGO
Senhor eu reconheço os meus pecados, eu reconhece as minha falhas, eu reconhece os meus defeito os meus erros, eu quero Senhor, abrir meu coração, a minha alma tem sede de ti, eu desejo receber o seu perdão, eu quero ser perdoado por ti.
Vale a pena se humilhar, não pense duas vezes, pois aquele que se humilhar diante de Deus, alcançarão as bênçãos.
2º VOCÊ PRECISA TER UMA VIDA DE ORAÇÃO, POIS A ORAÇÃO E A CHAVE,
QUE ABRE O CORAÇÃO DE DEUS
(Lc 1:13a)Disse-lhe, porém, o anjo: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida.
Zacarias, se ele não tivesse buscado ao Senhor, se ele não tivesse orado, ele não teria alcançado o coração de Deus, mas devido a sua insistência Deus ouviu a sua oração e respondeu ao seu clamor.
Portanto, você que está precisando de uma, benção urgente, de uma vitória, não perca mais tempo, levante um grande clamor, e começa a orar.
Busque ao Senhor em oração, as tuas orações subirão como cheiro suave e Deus se alegrará e responderá, pois a oração atinge o coração de Deus.
E quando o coração de Deus é atingindo, libera e derrama a benção e a unção da providência sobre a sua vida.
O que é Oração? É Conversar com Deus, é dialogar com o teu criador, a oração é uma busca de contato com Deus, a oração é o segredo para receber poder e autoridade, oração é a alavanca que move o cristão, a superar as dificuldades e renovar as suas força.
A oração é o oxigênio da nossa alma é ter comunhão com Deus, é a chave que abre as janelas do céu, Portanto, se você não gosta de orar,