O Obreiro Cristão Normal 2º parte
Watchman Nee
Outra daquelas qualidades que esperamos encontrar na vida de
todo obreiro cristão é que ele seja capaz de ouvir. Muitas pessoas, sem dúvida,
consideram isso como uma questão de somenos importância, comparativamente
falando; mas a experiência e a observação nos têm demonstrado que isso de modo
algum é assim.
Qualquer indivíduo que queira
servir ao Senhor deve adquirir o hábito de ouvir o que os outros dizem, e não
ouvir de maneira casual, e, sim, ouvir com atenção, com o objetivo de prestar
atenção e de compreender o que lhe é dito. Se um crente, em necessidade consciente,
volta-se para um servo do Senhor pedindo-lhe ajuda, este, enquanto escuta a
história de seu irmão, deve ser capaz de discernir três tipos diferentes de
linguagem - as palavras que ele está proferindo; as palavras que ele está
reservando para si; e as palavras que ele não pode proferir e que jazem no
profundo do seu espírito.
Em primeiro lugar, deve-se ter como alvo dar ouvidos ao que
nosso interlocutor está realmente dizendo, ouvindo-o até que possamos
compreender o que ele busca, o que significa que nós precisamos manter
tranquilamente defronte de Deus, para que a nossa mente esteja desanuviada e
nosso espírito esteja calmo, visto que dar atenção não é uma questão muito
fácil. Deixem-me perguntar-lhes: Vocês podem seguir inteligentemente o que
alguém diz, enquanto esse alguém procura explicar laboriosamente a sua
dificuldade? Temo que se vinte de vocês começassem a ouvir todos à mesma pessoa
e ao mesmo tempo, haveria tantas impressões diferentes acerca do problema daquela
pessoa quantos fossem os ouvintes.
Ah, temos que aprender a nos
controlarmos com mão firme, se quisermos adquirir ouvidos aptos a escutar.
Nossos ouvidos devem ser treinados para ouvir. A menos que estejamos bem
disciplinados, ficamos enfadados com os relatos que as pessoas necessitadas
derramam em nossos ouvidos, e muito antes que elas parem de falar já as
deixamos de ouvir, e então tiramos as nossas conclusões prematuras a respeito
de seus problemas. Ou então, desde o início lhes damos escassa atenção, visto
estarmos tão impressionados com a importância do que temos para lhes
transmitir que só esperamos pela oportunidade de interrompê-las e assumir
novamente o papel de quem fala, naturalmente esperando que elas se mostrem boas
ouvintes.
Sucede com freqüência que um obreiro, depois de meditar por
algum tempo sobre um determinado tema espiritual, fica tão impregnado de seus
pensamentos que quando um irmão aflito busca a sua ajuda, ele, imediatamente,
expõe a questão sobre a qual vinha meditando. Depois, quando um irmão dominado
de alegria e regozijo se apresenta, recebe o mesmo tratamento; e a mesma coisa
é impingida a todos quantos procuram aquele obreiro, sem importar o estado dos
mesmos. Na obra cristã a questão de prestar ajuda aos outros é mais difícil do
que a tarefa do médico que busca aliviar os sofrimentos dos pacientes que vêm à
sua clínica, pois conta com um laboratório onde podem ser efetuados testes que
possam auxiliá-lo no diagnóstico dos diversos casos, enquanto que o obreiro
cristão tem que chegar ao seu diagnóstico sem qualquer ajuda semelhante. Se
alguém vier a vocês e se puser assentado durante meia hora a fim de lhes suprir
de informes sobre a sua condição, mas vocês não lhe puderem dar atenção
cuidadosa, como serão capazes de localizar a sua dificuldade? É imperativo que
todos quantos servem ao Senhor cultivem a arte de dar ouvidos ao que os outros
dizem, a fim de que se tornem ouvintes sagazes e desenvolvam a capacidade de
compreender o problema específico de cada indivíduo.
Em segundo lugar, quando algum
necessitado nos dirige a palavra, enquanto ele fala devemos discernir o que tal
pessoa está evitando dizer. Naturalmente, é mais difícil obter um registro
claro das palavras não proferidas do que daquelas que são ditas, mas temos que
aprender a ouvir com tanta atenção que possamos discernir tão bem o que é
audível como aquilo que é inaudível. Quando as pessoas nos consultam sobre as
suas questões, não é incomum que nos relatem apenas metade da história e se
refreiem de divulgar a outra metade. É nesse ponto que a competência do obreiro
é posta à prova. Se vocês são obreiros incompetentes, discernirão somente
aquilo que for audivelmente expresso; ou talvez vocês procurem compreender a
história interpretando-a, inserindo os seus próprios pensamentos, pensamentos
que jamais subiram ao coração do interlocutor. O resultado será que vocês
compreenderão mal aquele que veio atrás de auxílio. Se vocês tiverem de
interpretar corretamente, então será necessário que mantenham estreitas relações
com o Senhor. Quando uma pessoa necessitada fala somente da sua dificuldade
superficial, mas faz silêncio quanto à questão mais importante, como poderão
vocês reconhecer a sua condição? Poderão, de fato, reconhecê-la, contanto que
suas próprias relações com o Senhor não estejam confusas.
Em terceiro lugar, devemos ser capazes de descobrir o que os
seus espíritos estão dizendo. Por detrás de todas as palavras que uma pessoa
possa proferir, e das palavras que ela esteja deliberadamente ocultando, existe
aquilo que já denominamos de palavras proferidas pelo espírito. Quando qualquer
crente em necessidade começa a abrir a boca e a falar, então o seu espírito
também fala. O fato que ele se dispõe a falar sobre si mesmo lhes dará a
oportunidade de tocarem em seu espírito. Se os seus lábios se mantiverem
fechados, porém, será difícil saber o que se passa em seu espírito, mas,
paralelamente com as palavras que lhe saem dos lábios, o seu espírito
encontrará algum meio de expressão, por mais que ele se esforce por
controlar-se. A habilidade de vocês discernirem o que o espírito de tal pessoa
quer dizer dependerá da medida da própria experiência espiritual que vocês já
tiveram. Se tiverem adquirido compreensão mediante o exercício do coração na
presença de Deus, então serão capazes de discernir as palavras proferidas por
aquele irmão; as palavras que ele evitou exprimir; e as palavras que ele está
dizendo no mais íntimo do seu ser. Vocês serão capazes de discernir a
dificuldade intelectual que ele definiu, e também a dificuldade espiritual que
não foi definida; e então estarão em posição de oferecer o remédio específico
para o caso.
É uma tragédia que tão poucos
crentes sejam bons ouvintes. Pode-se passar uma hora inteira a lhes explicar
uma dificuldade, mas, no fim, continuam totalmente atordoados a respeito. É que
a atenção não foi suficientemente aguda. Se não formos capazes de ouvir o que
os outros têm para nos dizer, como podemos dar ouvidos ao que Deus nos diz? Oh!
não tomemos o caso como uma questão insignificante. Se não aprendermos a ouvir,
e ouvir com entendimento, ainda que nos tornemos grandes leitores da Bíblia ou
grandes mestres das Escrituras, e nos tornemos eficientes em vários tipos de
trabalho, continuaremos incapazes de tratar do caso de um irmão necessitado.
Devemos ter a habilidade não somente de falar com as pessoas, mas também de
cuidar das suas dificuldades. Porém, como isso poderá vir a ser uma realidade
se tivermos aprendido a usar a boca, mas não os ouvidos? Sim, cumpre-nos
entender a seriedade dessa falha.
Conta-se a história de um antigo médico cujo estoque de
medicamentos consistia exclusivamente de duas variedades — óleo de rícino e
quinino. Não importava do que os seus pacientes se queixassem, invariavelmente
ele prescrevia um ou outro desses medicamentos. Muitos obreiros cristãos tratam
exatamente desse modo daqueles que buscam a sua ajuda. Contam com apenas um ou
dois recursos favoritos, e por mais variados que sejam os males daqueles que os
procuram, aconselham-nos segundo esses parcos recursos. Tais obreiros não podem
ser de grande auxílio para os outros, visto que só podem falar; não sabem
ouvir. Como, pois, podemos adquirir a capacidade de ouvir às pessoas e de
entender o que dizem?
(1) Devemos evitar a
subjetividade. Porque é uma das principais razões por que tantas pessoas são
más ouvintes. Se tivermos os nossos próprios conceitos acerca das pessoas,
descobriremos ser difícil aceitar o que
elas dizem, porquanto nossa mente já estará repleta das nossas própriasconclusões. Ficamos tão fixos
em nossas noções que as opiniões alheias não penetram em nossas mentes.
Estamos tão firmemente persuadidos que já descobrimos a panacéia para todos os
males que, sem importar quão variegadas sejam as necessidades daqueles que nos
buscam, oferecemos sempre o mesmo remédio para todos. Como é possível que um
obreiro dê atenção ao que os outros lhe dizem acerca de suas necessidades se,
antes de ao menos abrirem a boca, ele está convencido de que já conhece a
dificuldade e já tem o remédio à mão? Precisamos rogar ao Senhor que nos
liberte dessa subjetividade. Acheguemo-nos a Ele e oremos para que Ele nos capacite
a pôr de lado todos os nossos preconceitos e conclusões próprios, em todos os
nossos contactos com os nossos semelhantes, e para que Ele mesmo nos instrua
para que possamos chegar ao diagnóstico certo em cada caso.
(2) Não devemos divagar. Muitos crentes nada conhecem do que
se refere à disciplina mental. Dia e
noite os seus pensamentos fluem sem interrupção. Nunca se
concentram, mas permitem que a sua imaginação divague para lá e para cá, até
que as suas mentes acumulem tantos subsídios que nada mais podem tolerar. E
assim, quando alguém lhes dirige a palavra, não podem seguir o que lhes é dito,
mas só podem seguir a linha dos seus próprios pensamentos ou falar das coisas
que os preocupam. É essencial que aprendamos a tranqüilizar as nossas mentes,
para que possamos ouvir e aceitar o que nos estiver sendo dito.
(3) Cumpre-nos aprender a penetrar
nos sentimentos alheios. Ainda que sejamos capazes de escutar o que alguém nos
diz, seremos ainda incapazes de compreender as suas necessidades, a menos que
possamos entender, com atitude simpática, as suas circunstâncias. Se alguém
vier a vocês profundamente aflito, mas vocês permanecerem em atitude
despreocupada e leviana, não tendo sido tocados pela aflição dele, não serão
capazes de chegar ao verdadeiro diagnóstico do caso. Se a nossa vida emocional
não tiver sido moldada por Deus, quando outros expressarem a sua alegria
seremos incapazes de irromper em jubilosa reação, e quando exprimirem as suas
tristezas, nos mostraremos incapazes de compartilhar das mesmas; em
conseqüência, quando os outros falarem, seremos capazes de ouvir as palavras
que proferem, mas não poderemos interpretar corretamente o seu sentido.
Não nos devemos esquecer de que, por amor de Cristo, somos
servos uns dos outros, e compéte-nos não só devotar-lhes nosso tempo e nossas
forças, mas também importa que deixemos que nossas afeições se estendam para
eles. Diz-se do Senhor Jesus que Ele pode "compadecer-se das nossas
fraquezas". As exigências impostas por Deus àqueles que pretendem servi-Lo
são muito rigorosas. Elas não nos dão margem para nos entregarmos ao lazer e
para nos ocuparmos conosco mesmos. Se tivermos de nos envolver com o nosso
próprio riso e com as nossas próprias lágrimas, com as nossas próprias
preferências e com os nossos próprios gostos, então estaremos por demais
preocupados para nos entregarmos livremente ao serviço dos outros. Se nos
aferrarmos aos nossos próprios prazeres e aflições, e hesitarmos em desviar a
atenção dos nossos interesses, então nos pareceremos com salas tão repletas de
móveis que nada mais elas podem acomodar. Ou, dizendo a mesma coisa noutras
palavras, despenderemos todas as nossas emoções conosco mesmos, e nada mais
teremos para despender com o próximo. É necessário que entendamos que a força
de nossas almas tem um limite, tal como é limitada a energia dos nossos corpos.
Nossos poderes emocionais não são ilimitados. Se exaurirmos as nossas simpatias
com alguma coisa, nada mais teremos para gastar com outra. Por esse motivo,
quem quer que tenha um afeto desordenado por outrem, não pode ser servo do
Senhor. Ele mesmo estipulou: "Se alguém vem a mim, e não aborrece a seu
pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida,
não pode ser meu discípulo" (Lucas 14.26).
A necessidade básica de todos
aqueles que se ocupam da obra do Senhor consiste em conhecer a cruz por
experiência própria; doutro modo nos dobraremos sobre nós mesmos e seremos
governados por nossos próprios pensamentos e sensações. Não existe maneira
rápida e fácil para alguém se tornar útil para Deus e para os seus semelhantes.
Relembremo-nos que os maus ouvintes jamais serão bons obreiros; e para que nos
transformemos em bons ouvintes, a cruz terá que operar profundamente em nossas
vidas, libertando-nos da tendência de ficarmos absorvidos somente conosco
mesmos, o que nos torna surdos para com as preocupações alheias. A profunda
ação da cruz em nossas vidas produzirá a calma interior que nos fará ser
ouvintes cheios de paciência. Isso não significa que deixaremos as pessoas
falarem horas sem fim, enquanto ficamos assentados, a ouvi-las em silêncio,
mas quer dizer que lhes daremos uma oportunidade razoável de explicar-nos o que
se passa nos corações delas.
Há uma idéia errônea, mui generalizada entre os obreiros
cristãos. Pensam eles que o essencial básico é que sejam capazes de falar. Nada
mais afastado da realidade! Para sermos obreiros eficazes precisamos de
clareza espiritual; necessitamos de discernimento acerca das condições de todos
quantos procurarem a nossa ajuda; necessitamos de tranqüilidade mental
para que ouçamo-los a expor o seu caso; e precisamos de sossego de espírito
para que possamos sentir a verdadeira condição deles, além daquilo que nos
desvendarem. Nós mesmos teremos que permanecer em correta relação para com o
Senhor, de tal modo que, donos de luz interna, possamos discernir claramente as
necessidades alheias, e, à base de um diagnóstico exato, sejamos capazes de
aplicar o remédio específico exigido em cada caso.
Leitura: Tiago 3.1; Eclesiastes
5.3; I Timóteo 3.8; Mateus 5.37; Efésios 5.4 e Isaías 50.4.
Por falta de comedimento nas palavras, é seriamente cerceada a utilidade
de muitos obreiros cristãos. Em lugar de serem instrumentos poderosos no
serviço do Senhor, o seu ministério produz pouco efeito, devido ao constante
desgaste de poder, devido ao seu falar descuidado, sem nenhuma cautela.
No terceiro capítulo de sua
epístola, Tiago faz a seguinte pergunta: "Acaso pode a fonte jorrar do
mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? " (versículo 11). Se um
obreiro cristão costuma falar sem a menor cautela a respeito de todas as
questões possíveis, como pode esperar ser usado pelo Senhor na propagação de
Sua Palavra? Se Deus chegou a pôr a Sua Palavra em nossos lábios, então pesa
sobre nós a solene obrigação de resguardarmos os nossos lábios, usando-os
exclusivamente para o Seu serviço. Não podemos oferecer um membro de nossos
corpos para o Seu uso, em um dia, para, no dia seguinte, retroceder e usá-lo a
nosso bel prazer. O que quer que Lhe tenha sido dedicado uma vez, será
eternamente Dele.
No décimo sexto capítulo de Números somos informados sobre
como Coré e os seus seguidores se uniram em oposição a Moisés e Arão, e como
cada um dos duzentos e cinqüenta homens tomou o seu incensário com brasas e o
apresentou ao Senhor. Todos eles pereceram, em face de sua presunção, mas Deus
ordenou que Moisés aproveitasse os incensários. Observe-se o motivo da
preservação dos mesmos: "Disse o Senhor a Moisés: Dize a Eleazar, filho de
Arão, o sacerdote, que tome os incensários do meio do incêndio, e espalhe o
fogo longe, porque santos são; quanto aos incensários daqueles que pecaram
contra a sua própria vida, deles se façam lâminas para cobertura do altar:
porquanto os trouxeram perante o Senhor; pelo que santos são" (versículos
36-38). Tudo quanto houver sido oferecido a Deus é consagrado a Ele, e não mais
pode ser utilizado para uso profano.
A passagem de Eclesiastes 5.3
afirma que na multidão de palavras podemos detectar a voz do insensato.
Deixamos transparecer a nossa insensatez através da nossa loquacidade. Sentimos
que devemos dizer tal ou qual coisa para fulano e, naturalmente, não podemos
deixar de dizer muitas outras coisas a muitas outras pessoas. Sempre nos parece
haver uma boa razão para dizermos algo para alguém. Oh, como alguns dentre nós
gostam de falar, e, acima de tudo, gostam de passar adiante o que ouviram!
Enquanto isso, muita energia espiritual vai sendo assim dissipada.
Há determinados particulares, vinculados a essa questão de
falar, que devemos observar. Em primeiro lugar, notemos o tipo de conversa que
nos dá prazer de ouvir. Dessa maneira, podemos chegar a conhecer-nos melhor,
porquanto o tipo de conversa que nos atrai indica de que tipo de pessoa somos
nós. Algumas pessoas nunca confiam na gente por saberem que não somos do tipo que
corresponderia afirmativamente ao que têm para dizer; ao passo que outras
pessoas dirigem-se diretamente a nós e derramam em nossos ouvidos toda a mais
recente informação que ouviram, visto terem julgado que pertencemos àquela
categoria de indivíduos que gostam de ouvir o que elas têm para dizer. Vocês
podem aquilatar a si mesmos parando para observar as coisas que as pessoas
gostam de dizer para vocês.
Em segundo lugar, observemos quais
histórias aceitamos com maior credulidade, pois aquilo a que nos inclinamos a
crer revela os nossos pendores. Somos mais crédulos para certas coisas do que
para outras, e a direção de nossa credulidade deixa entrever onde reside a
nossa fraqueza constitucional. As pessoas, naturalmente, estão prontas a
propalar rumores, e nossas tendências temperamentais, algumas vezes,
tapeiam-nos e nos fazem dar crédito ao incrível, sobretudo quando as
declarações que nos são feitas são alicerçadas na assertiva de que o informante
sabe o que diz.
Em terceiro lugar, devemos notar se, quando ouvimos os
relatos que nos são transmitidos, os quais são aceitos sem deles duvidarmos,
temos o hábito de passá-los adiante. Vocês já observaram esse processo?
Determinado indivíduo, dotado de certa inclinação, profere determinadas
palavras, que são coloridas pela sua personalidade; e posto haver alguma
afinidade entre ele e eu, dou-lhe toda a atenção, e uma parte da personalidade
dele penetra-me no íntimo; em seguida, acrescento as cores do meu próprio
temperamento e transmito a questão a uma terceira pessoa.
Ato contínuo. observemos a
propensão que algumas pessoas revelam de transmitir informações inexatas.
Contam uma mesma história em ocasiões diferentes, mas os seus relatos não se
harmonizam entre si. Em sua primeira epístola a Timóteo, Paulo alude a essa
espécie de pessoas, recomendando que o obreiro cristão deve ser "de uma só
palavra" (I Timóteo 3.8). Alguns indivíduos usam de duplicidade nas
palavras, devido à sua ignorância e fraqueza, mas, no caso de outros, revela-se
mais do que mera falha de temperamento — há corrupção moral. O trecho de Mateus
21.23-27 registra que os principais sacerdotes e os anciãos do povo vieram ter
com Jesus, estando Ele a ensinar no templo, e indagaram Dele com que autoridade
agia. Ele retrucou com uma pergunta: "Donde era o batismo de João? do céu
ou dos homens? " Isso os pôs em um dilema, pelo que arrazoaram entre si:
"Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: Então por que não acreditastes nele?
E, se dissermos: Dos homens, é para temer o povo, porque todos consideram João
como profeta". O resultado desses raciocínios foi que eles evitaram
enfrentar a verdade, e disseram: "Não sabemos". A resposta deles foi
uma mentira deliberada. Em Mateus 5.37 lemos que o Senhor recomendou:
"Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar, vem
do maligno". Não cabe ao obreiro cristão ser governado pela diplomacia, e
nem deixar de pensar sobre o possível efeito de suas palavras sobre os seus
ouvintes, antes de resolver o que lhe compete dizer. Quando certos indivíduos
buscavam armar uma armadilha diante do Senhor, mediante suas perguntas
capciosas, algumas vezes Ele apelou para o recurso do silêncio, mas jamais para
a diplomacia. Sigamos o Seu exemplo, e acolhamos o conselho de Paulo, o qual
escreveu aos coríntios: "Se alguém dentre vós se tem por sábio neste
século, faça-se estulto para se tornar sábio" (I Coríntios 3.18). E
escrevendo aos romanos, disse ele: "Quero que sejais sábios para o bem e
símplices para o mal" (16.19). No terreno espiritual a sabedoria do mundo
não tem o mínimo valor. A dificuldade de muitos é que nunca aprenderam a dizer
"Sim" com candura, quando os fatos exigem um sim, e a dizer
"Não", quando sabem que a verdade tem que ser expressa com uma
negativa. Jamais falam com simplicidade, com franqueza, mas tudo é
cuidadosamente estudado, e as suas declarações são sempre adaptadas aos seus
próprios interesses.
Na qualidade de servos do Senhor, entramos em contacto
constante com muitas pessoas, desfrutando assim de muitíssimas oportunidades de
falar com outros e de ouvi-los; razão por que é essencial que exerçamos
controle estrito sobre nós mesmos, a fim de que não suceda que nos tornemos
pregadores da Palavra, ao mesmo tempo que fazemos o papel de propagadores de
boatos. Esse trágico estado de coisas é mais do que uma simples possibilidade.
Se quisermos evitar esse ardil, no qual não poucos já caíram, precisamos ter
cuidado não somente com os nossos lábios, mas igualmente com os nossos ouvidos.
Em nosso trabalho, não podemos deixar de ouvir muitas coisas que as pessoas têm
para revelar-nos sobre os seus negócios, e para sermos obreiros eficientes
somos forçados a cultivar a arte de prestar atenção, a fim de que nos seja
possível ajudá-las. Contudo, devemos desencorajá-las de continuar revelando
detalhes, uma vez que já tenhamos compreendido com clareza a necessidade delas.
Cumpre-nos manter eterna vigilância, para que a nossa natural curiosidade não
nos leve a ouvir mais do que convém que saibamos. Existe aquilo que se poderia
denominar de concupiscência de conhecimento, concupiscência de informações a
respeito da vida alheia; e precisamos ter cuidado com isso. Convém que
sejamos comedidos nas palavras; porém, se tivermos de usar de comedimento
naquilo que dizemos, primeiramente devemos exercer comedimento naquilo que
ouvimos.
Levanta-se nesta altura a questão
de obter e reter a confiança dos outros. Se alguém compartilhar de seus
problemas espirituais conosco, tratar-se-á isso de uma prova de confiança que
devemos respeitar. Não devemos falar acerca dessas confidências a menos que os
interesses da obra tornem tal coisa necessária. Como poderiam vocês servir ao
Senhor, se traírem a confiança em vocês depositada? Mas, que outra coisa
poderão fazer, senão trair a confiança, se ainda não aprenderam a dominar a
própria língua? Precisamos reputar tais confidências como um depósito sagrado,
guardando-as fielmente. Aqueles que, por motivo de sua necessidade,
compartilharem de suas histórias secretas com vocês, não o farão para aumentar
o cabedal de conhecimentos que vocês possuem. Mas tais pessoas se aproximam de
nós em virtude não do que somos pessoalmente, mas em virtude do ministério que
exercemos; por isso mesmo, não podemos considerar tais informes como um conhecimento
pessoal, que possa ser compartilhado com todos e qualquer um. Cumpre-nos
aprender a salvaguardar toda a confiança que outros tiverem posto em nós.
Aqueles que são incapazes de refrear a própria língua não podem fazer parte da
obra do Senhor.
Ao abordarmos a questão da língua, é-nos impossível evitar o
assunto do péssimo hábito de proferir mentiras. O indivíduo que usa de
duplicidade, ao qual já tecemos alusões, é parente próximo do mentiroso. Todas
as asseverações feitas com o intuito de enganar cabem dentro da categoria das
inverdades, ao passo que o intuito de enganar é um defeito que procede do
íntimo. Se a vocês for feita alguma pergunta que não desejem ou não possam
responder, poderão recusar-se polidamente a dar resposta, mas não ousem iludir
àquele que os interroga. Queremos que as pessoas acreditem na verdade, e não na
mentira; por conseguinte, não ousamos utilizar palavras que, em si mesmas,
sejam verazes, a fim de transmitir uma impressão falsa. Se um fato exigir um
sim, então teremos que aprender a responder com um sim; se exigir um não, que
aprendamos a dizer não. O que vai além disso, provém do maligno. O Senhor, de
certa feita, falou em termos extremamente severos para certas pessoas que
queriam segui-Lo, dizendo: "Vós sois do diabo, que é vosso pai... Quando
ele profere a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da
mentira" (João 8.44). Satanás é o autor das mentiras, e em face do fato
que todas as mentiras se originam nele, como poderia alguém que se diz
consagrado ao Senhor emprestar os seus lábios para que profiram palavras
instigadas pelo Seu inimigo? Onde quer que se verifique tal fenômeno, isso
indica uma dificuldade fundamental na vida do indivíduo. Trata-se de um
problema da mais grave natureza possível. Nenhum de nós tem a coragem de
afirmar que sempre diz exatamente a verdade (de fato, quanto mais
cuidadosamente procuramos ser verazes, tanto mais percebemos a dificuldade de
ser exatos em tudo quanto dizemos), mas devemos cultivar o hábito de ser
verazes e de evitar toda a afirmação precipitada.
Evitemos tudo quanto cheire a
altercação. Foi predito acerca de Jesus: "Não contenderá, nem gritará, nem
alguém ouvirá nas praças a sua voz" (Mateus 12. 19). E Paulo escreveu para
Timóteo, dizendo: "É necessário que o servo do Senhor não viva a
contender" (II Timóteo 2.24). O servo do Senhor deve conservar-se debaixo
de tal controle que não dê margem a conversas ruidosas ou a qualquer coisa que
se assemelhe a altercações. Falar em altos brados usualmente indica falta de
poder, e sempre indica a necessidade de auto-disciplina.
Podemos ter plena razão naquilo que dizemos, mas não há
necessidade de fazermos afirmações em altos brados, quando queremos dizer a
verdade: pois poderemos impressionar os nossos ouvintes com a verdade sem usar
de qualquer insistência ruidosa acerca de nossas convicções a respeito.
Andemos na presença do Senhor na calma dignidade que convém aos Seus servos.
Naturalmente, não desejamos assumir uma sobriedade ou refinamento meramente
artificial, porquanto a vida cristã c espontânea e sem afetação; mas o domínio
próprio tem que ser posto em prática até que se torne em nós uma segunda
natureza.
O domínio próprio no terreno da
linguagem elimina grande parte do linguajar frívolo e inconveniente, ao que
Paulo se refere em sua epístola aos Efésios como "cousas
inconvenientes" (5.4); e igualmente anula a zombaria e muitas outras
coisas que ao servo de Cristo não cabe praticar. Se pudermos entreter uma audiência
com nossas histórias interessantes e observações engraçadas e críticas
espirituosas, não conseguiremos conquistar o seu respeito ao lhe falarmos
acerca do Senhor; as nossas palavras não terão valor para eles. Quando nos
dirigimos ao púlpito a fim de proclamar a Palavra de Deus, eles aquilatarão a
nossa prédica com a mesma medida com que avaliaram as palavras que proferimos
tão frivolamente, quando ainda não estávamos no púlpito. Não nos olvidemos
daquela aguda pergunta feita na Palavra de Deus: "Acaso pode a fonte
jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? " Não há
necessidade de preparativos laboriosos antes de subirmos ao púlpito para
pregar; porém, temos necessidade de precaução constante em nossa conversação
diária normal, a fim de que nossa maneira descuidada de falar não venha a
fazer-nos perder poder, para que não se tornem ineficazes as nossas palavras,
quando estivermos falando do púlpito.
Se vocês adquirirem o vício de falar sem cuidado, também
lerão a Bíblia descuidadamente. As palavras desse Livro são as únicas palavras
inteiramente dignas de confiança, mas, se vocês não apreciam exatidão de
linguagem, então não acolherão essas palavras com seriedade; em conseqüência, a
prédica de vocês terá pouco poder. Para que o pregador pregue a Palavra de modo
eficaz, requer-se que este tenha determinada disposição; e a leitura das
Escrituras requer idêntica disposição. Pessoas de caráter descuidado se
aproximam da Palavra de Deus com atitude frívola e não podem embalar a
esperança de chegar a compreendê-la verdadeiramente. Ilustremos o assunto por
intermédio da própria Bíblia.
No capítulo vinte-e-dois de Mateus
aprendemos que os saduceus não acreditavam na ressurreição. Um dia vieram ter
com o Senhor e lhe apresentaram o seguinte problema: "Mestre, Moisés
disse: Se alguém morrer, não tendo filhos, seu irmão casará com a viúva e suscitará
descendência ao falecido. Ora, havia entre nós sete irmãos: o primeiro, tendo
casado, morreu, e, não tendo descendência, deixou sua mulher a seu irmão; o
mesmo sucedeu com o segundo, com o terceiro, até ao sétimo; depois de todos
eles, morreu também a mulher. Portanto, na ressurreição, de qual dos sete será
ela esposa? porque todos a desposaram". Mas Jesus respondeu: "Errais,
não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus. Porque na ressurreição nem
casam nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos no céu. E quanto à
ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou: Eu sou o Deus
de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de mortos, e, sim,
de vivos" (versículos 24-32). É claro que os saduceus liam as Escrituras,
mas não as entendiam. Suas próprias palavras eram proferidas com frivolidade,
e, por esse motivo, não podiam apreciar a exatidão absoluta das declarações
divinas. Nosso Senhor tão somente citou uma breve passagem da Palavra de Deus
para responder à indagação deles, a saber, Êxodo 3.15, onde Deus chama a Si
mesmo de Deus de Abraão, Deus de Isaque e Deus de Jacó. Alicerçado nessas
poucas palavras, nosso Senhor raciocinou como segue: Vocês, saduceus, admitem
que Abraão está morto, que Isaque está morto, e que Jacó está morto; no
entanto, Deus declara que Ele é o Deus deles, como igualmente afirma que Ele
não é Deus de mortos, mas de vivos; por conseguinte, nada menos do que a ressurreição
pode capacitar o Deus vivo a ser o Deus deles. E, dessa forma, os saduceus
foram silenciados.
Quando nos tivermos de apresentar perante o tribunal de
Cristo, talvez descubramos que o dano produzido pela maneira de falar leviana
e fútil em muito excede ao prejuízo causado de muitas outras maneiras, visto
que opera grande destruição, tanto em outras vidas como em nossa própria. As
palavras, uma vez saídas de nossos lábios, não mais podem ser recuperadas; pelo
contrário, prosseguirão cada vez para mais longe, passando de boca para ouvido
e de ouvido para boca, espalhando danos enquanto prossegue. Podemo-nos arrepender
de nossa insensatez, e podemos receber o perdão, mas não podemos recolher de
volta aquilo que soltamos. Temos falado a respeito de váriosdefeitos de caráter
que maculam a vida e o ministério de muitos crentes; entretanto, se a nossa
dificuldade é uma língua solta, então o problema é mais grave do que todos os
demais problemas mencionados, pois as palavras descuidadas que a língua profere
liberam uma torrente mortífera que se espalha cada vez mais, levando a morte
por onde quer que passe.
Irmãos e irmãs, em face de fatos
tão solenes, precisamos arrepender-nos. Muitas palavras que temos proferido nos
dias passados foram "palavras ociosas", mas agora elas não são mais
"ociosas", pelo contrário, estão intensamente ativas, a semear uma
furiosa destruição. Busquemos a purificação divina quanto ao passado, e, no
tocante ao presente, confiemos em que Ele resolverá radicalmente essa miséria
que ameaça destruir a nossa utilidade para Ele. Se, em Sua misericórdia, Ele
assim fizer, no futuro seremos poupados de muita tristeza e lamentação. Abraão
pôde arrepender-se de ter gerado a Ismael, e até mesmo depois desse lamentável
nascimento segundo a natureza carnal ainda pôde gerar a Isaque, de conformidade
com o propósito divino. Porém, ele já havia posto no mundo um adversário da
descendência escolhida por Deus; e ainda que tivesse despedido a Hagar e a seu
filho para longe de Isaque, isso não solucionou a divergência entre os dois, a
qual continuava muito viva, apesar da passagem dos séculos.
Acha-se escrito acerca do Senhor Jesus: "O Senhor Deus
me deu língua de eruditos" (Isaías 50.4). A expressão "língua de
eruditos" poderia ser traduzida por "língua de discípulo", isto
é, de alguém que tem sido disciplinado. Necessitamos buscar fervorosamente ao
Senhor, para que Ele nos capacite a controlar a própria língua, a fim de que
esse membro "indomável" possa tornar-se um membro disciplinado.
Quando a nossa boca fica debaixo de controle restrito, e deixa de liberar
aquilo que causa dano aos interesses do Senhor, então podemos esperar que Ele a
use como porta-voz. Assim como Ele santificou-se a Si mesmo por nossa causa,
por semelhante modo que nos santifiquemos, por causa daqueles para quem Ele nos
enviou. Mantenhamo-nos sempre em estado de alerta, separando-nos de todas as
ligações que nos envolveriam em conversas que não contribuem para a edificação,
pois de outro modo poríamos em risco o ministério que Deus a nós confiou.
Leitura: Números 22.7-20;
Gênesis 22.1-13; Salmos 32.8,9; Mateus 20.25,26 e Filipenses 1.15-18.
A subjetividade é outro dos
defeitos de caráter de alguns obreiros cristãos, o que produz um efeito adverso
em seu trabalho. Já tivemos oportunidade de mencionar uma das direções em que
se manifestam os seus maléficos efeitos — a incapacidade de ouvir. Conforme já
tivemos ocasião de frisar, é essencial que todo obreiro cristão cultive a
habilidade de dar atenção ao que as pessoas têm para lhe dizer; doutra maneira,
o obreiro não terá meios de conhecer os seus semelhantes, e, em conseqüência,
não poderá servi-los.
Outro efeito prejudicial da subjetividade é a incapacidade
de aprender. Uma pessoa subjetiva tem opiniões formadas tão arraigadas que
quase não pode ser ensinada. Quando certos jovens se lançam ao trabalho
cristão imaginam que já sabem tudo quanto se pode saber, e mostram-se tão
apegados às suas idéias que é quase impossível fazê-los aprender alguma coisa,
pelo qual motivo o progresso deles também é dolorosamente lento. A incapacidade
de aprender é um dos mais trágicos aspectos da subjetividade. Se alguém não
pode aprender, que possibilidade de progresso pode haver? Se pudermos ser
inteiramente libertados de nossa relutância em aceitar a instrução, para que a
aceitemos sem hesitação, então seremos capazes de passar rapidamente de uma
lição para outra. Existem lições intermináveis a serem aprendidas no campo
espiritual, e, assim sendo, devemos estar preparados para receber subsídios de
muitas direções diversas. A menos que nos tornemos melhores aprendizes, faremos
um progresso pateticamente ínfimo, até mesmo durante todo o decurso de nossas
vidas.
O segredo do progresso espiritual
e a receptividade para com Deus, sendo essa uma razão por que devemos abrir-Lhe
com franqueza nosso coração, mente e espírito, para que as impressões divinas
possam chegar até nós; pois se falharmos nisso, ficaremos tão impassíveis ante
as impressões que Ele terá de usar da espora e do freio, ou dos açoites do
látego, a fim de tornar-nos cônscios de Sua presença e propósito. A
incapacidade de receber orientação é uma das conseqüências do estado subjetivo,
pois a subjetividade cerra o nosso ser para Deus. No capítulo vinte e dois de
Números lemos acerca de Balaão, o qual, quando Balaque lhe ofereceu presentes,
contanto que ele amaldiçoasse aos filhos de Israel, não se comprometeu, mas
declarou: "Ficai aqui esta noite, e vos trarei a resposta, como o Senhor
me falar". Mas Deus lhe disse: "Não irás com eles". De
conformidade com essas palavras, Balaão se levantou pela manhã e respondeu aos
príncipes de Balaque: "Tornai à vossa terra, porque o Senhor recusa
deixar-me ir convosco". Poderia haver algo mais claro do que isso? E no
entanto, quando Balaque pressionou novamente o seu pedido, Balaão replicou:
"Rogo-vos que também aqui fiqueis esta noite, para que eu saiba o que mais
o Senhor me dirá". E o registro sagrado diz; "Veio, pois, o Senhor a
Balaão, de noite, e disse-lhe: Se aqueles homens vierem chamar-te. levanta-te.
vai com eles". Quando Balaão apresentou sua segunda consulta a Deus, por
qual motivo Deus lhe permitiu a ida. visto que por ocasião da primeira consulta
lhe recusara terminantemente a permissão de ir? É que quando Deus respondeu a
Balaão de modo tão inequívoco, ele deveria ter aceitado a resposta do Senhor como
algo final, sem jamais reabrir a questão. O fato que a reabriu mostrou a sua
subjetividade. Viera ostensivamente saber qual a vontade de Deus, mas sua mente
já estava resolvida. Sabia o que queria fazer, e estava disposto a fazê-lo.
Deus exige que aceitemos prontamente a Sua Palavra. Se Ele
nos disser "Vai", devemos ir sem demora. A dificuldade que as pessoas
subjetivas enfrentam é que se Deus lhes disser "Vai", estão sempre
tão fixas em suas próprias idéias que será mister muito tempo antes que possam
ajustar-se à Sua ordem; e, se eventualmente obedecerem, ficarão tão fixas na
idéia da ida que não poderão obedecer prontamente se Deus lhes ordenar
"Pára". E terão de atravessar novo processo de acomodação antes que
possam obedecer. Se Deus lhes ordenar que vão, poderão vocês abandonar tudo
para que obedeçam imediatamente? E, tendo obedecido ao Seu mandamento e ir, e
estando preparados para continuar, poderão vocês estacar instantaneamente se
Deus emitir a ordem de estacar? Se vocês são pessoas subjetivas, será muito
difícil vocês partirem, pois primeiramente vocês terão de ver-se a braços com
as suas próprias idéias; e, uma vez que aceitem a ordem de Deus para partir,
fixar-se-ão nessa ordem, e haverá outra batalha antes que desistam da idéia de
prosseguir, se Deus ordenar que parem. Quando o crente se torna maleável em
Suas mãos, há uma reação positiva imediata para com qualquer nova indicação de
Sua vontade.
No sacrifício de Isaque, oferecido
por Abraão, encontramos bela ilustração sobre um homem que foi libertado de si
mesmo. Se Abraão houvesse consultado a sua própria experiência, quando Deus lhe
pediu que Lhe oferecesse Isaque, ele jamais teria obedecido. Provavelmente
teria raciocinado nos seguintes termos: Eu não tinha filhos, e a possibilidade
de ter um filho nunca me ocorreu. Foi Deus quem tomou a iniciativa nesta
situação impossível; e foi Ele quem a previu. Como pode Ele agora anular o Seu
próprio propósito, exigindo de mim que Lhe ofereça Isaque? Se uma pessoa dotada
de atitude subjetiva fosse solicitada a enfrentar tal desafio, quais razões não
teria apresentado para não cumprir a ordem de Deus! Mas a vida de Abraão, em
contacto com Deus, se tornara tão simples que nem mesmo um tão imenso desafio
lhe pareceu problemático. Ele creu que Deus cuidaria de Seu próprio propósito,
ressuscitando a Isaque dos mortos, e, desse modo, em simplicidade de fé,
colocou seu filho sobre o altar e ergueu o cutelo, a fim de sacrificá-lo. Foi
exatamente naquele instante que Deus ordenou a Abraão que suspendesse o golpe,
e foi então que lhe mostrou um carneiro que poderia ser oferecido em lugar de
seu filho. Ora, se Abraão tivesse sido um crente subjetivo, isso lhe teria
apresentado um novo problema; sem dúvida teria ficado perplexo e estupefato,
pois como lhe seria possível discernir a vontade de Deus se, em um momento Deus
lhe dizia para fazer uma coisa, mas logo em seguida lhe ordenava justamente o
oposto? Para Abraão, entretanto, tudo isso pareceu perfeitamente simples e
direto. Quando Deus lhe deu a ordem de oferecer o seu filho, imediatamente ele
aceitou o encargo e se preparou para oferecê-lo; e quando Deus ordenou que ele
sustivesse o movimento do braço e oferecesse um substituto, sem fazer uma
única pergunta Abraão obedeceu. A obediência instantânea de Abraão não deixava
margem para perplexidades.
Quando Deus pede de alguns crentes que sacrifiquem isto ou
aquilo por Sua causa, imediatamente se põem a pensar em toda sorte de problemas
relacionados com a Sua Palavra; e, se no decurso do tempo, conseguem solucionar
seus problemas para oferecer-Lhe o sacrifício solicitado, caso Deus venha a
pedir-lhes que estaquem, novos problemas surgirão em suas mentes sobre como
poderão obedecer de maneira coerente. A simplicidade da vontade revelada de
Deus vê-se assim complicada, devido à complexidade da própria maneira de pensar
dos tais, e o resultado é que se houver obediência ela será tardia e laboriosa.
Se fixarmos os nossos pensamentos à vontade de Deus, então, quando uma ordem
Sua for alterada, nossos pensamentos permanecerão fixos, e essa fixidez mental
nos impedirá de fazer com simplicidade o que Ele nos ordena.
Lemos em Salmos 32.8,9:
"Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as
minhas vistas, te darei conselho. Não sejais como o cavalo ou a mula, sem
entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não
te obedecem". Até os cavalos e as mulas podem ser compelidos a fazer
aquilo que os seus proprietários quiserem (embora não sem algum controle
externo), mas Deus jamais tencionou dirigir os Seus filhos dessa maneira. O
cavalo e a mula são "sem entendimento", mas os filhos de Deus têm uma
tal relação íntima com Ele que até mesmo um olhar deveria ser suficiente para
que o Seu desejo fosse reconhecido por eles. O conhecimento da vontade de Deus
não é uma questão que se resolva por haver-se achado o método certo, mas é
antes a questão de haver-se encontrado o homem certo. Se o indivíduo não for
correto para com Deus, nenhum método funcionará para que a vontade de Deus lhe
pareça clara; entretanto, se o crente mantiver correta relação com Ele, o
conhecimento de Sua vontade será uma questão simples. Isso não elimina os
métodos, mas deveríamos enfatizar que apesar do mais completo conhecimento de
todos os métodos mediante os quais Deus possa querer fazer conhecida a Sua
vontade, continuaremos a ignorá-la, se não estivermos andando intimamente com
Ele.
Outro ponto que deve ser observado no tocante à subjetividade
é que a menos que nosso ego tenha sido desnudado por Deus e tenha sido
drasticamente modelado, jamais seremos instrumentos apropriados em Suas mãos
para tratar com outras vidas. Deus não entregará o manuseio de homens a um
indivíduo que ainda não foi moldado pelas Suas mãos. Não é possível que aquele
que ainda não aprendeu a discernir a vontade de Deus e a cumpri-la seja usado
por Ele para conduzir outras pessoas no caminho de Sua vontade. Se um obreiro
cristão em quem o ego permanece dominante, procurar instruir a outros no
caminho de Deus, por mais que ele possa doutrinar, o seu próprio fundo
intelectual e emocional inevitavelmente se expressará e obscurecerá o caminho.
Consciente ou inconscientemente, tal obreiro procurará dominar outras vidas.
Quer intencionalmente ou não, ele imporá sobre elas as suas próprias opiniões,
e exigirá que elas digam o que ele diz e que ajam como ele age. Poderá
apresentar-se como grande líder do povo de Deus, ou como um grande mestre, ou
como admirável pai do rebanho; mas, por impressionante que pareça ser a sua
liderança, ele não poderá exprimir a autoridade divina, porquanto a sua vida
estará sendo dominada por sua própria vontade, e não pela vontade de Deus.
Nosso Senhor declarou: "Sabeis que os governadores dos povos os dominam e
que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós"
(Mateus 20.25,26). Se tivermos de ser bons pastores, o Senhor nos terá de
rebaixar muito, porquanto nossas naturezas dominadoras tendem mais a dispersar
o rebanho do que a ajuntá-lo.
Cumpre-nos aprender a não dominar
aqueles que nos foram confiados, a não conduzi-los além de sua habilidade de
seguir. Se tivermos no coração uma imposição do Senhor, devemos transmiti-la
com fidelidade, não ousando insistir, entretanto, que os outros aceitem a
mensagem que proclamamos. Lembremo-nos de que Deus respeita o livre arbítrio
que Ele mesmo conferiu ao homem; e, se Ele jamais usa de coerção para com o
homem, como ousaríamos nós fazê-lo? Aprendamos a viver brandamente na presença
Dele, não nos exibindo perante os homens, ansiosos por desempenhar o papel de
líderes. Não devemos reputar como motivo de auto-satisfação quando as pessoas
estiverem prontas para ouvir o que lhes temos a dizer, mas, pelo contrário,
isso nos deveria chegar mais para perto do Senhor, em temor e tremor,
levando-nos a dar a maior atenção possível àquilo que Ele nos quiser dizer. Sem
importar quão intensas sejam as nossas convicções, devemos aprender a
desconfiar de nós mesmos, pois todos nos inclinamos para o erro; e quanto mais
seguros nos sentirmos em nós mesmos tanto mais facilmente nos poderemos
desviar. Um dos perigos próprios da subjetividade é que nossa confiança própria
nos torna ansiosos por liderar a outros, e quanto maior for o número de seguidores
que possamos atrair, tanto maior se tornará a nossa confiança própria; e o
resultado disso será que ficaremos cada vez menos capazes de receber ajuda de
terceiros ou de discernir a mão liderante do Senhor.
Os crentes dessa espécie só podem operar sozinhos. Por
estarem fixos em seus próprios caminhos, não podem ajustar-se aos seus
semelhantes e, portanto, não podem funcionar em qualquer capacidade coletiva.
Jamais se submeteram a qualquer autoridade espiritual e, visto que nunca
aprenderam a sujeitar-se à autoridade, não podem agora exercer verdadeira
autoridade. Muitos crentes, desde o início de sua história até o presente,
nunca souberam o que significa sujeitar-se a qualquer de seus irmãos na fé.
Visto nunca haverem aprendido o que significa ser conduzido, Deus não pode
entregar em suas mãos a tarefa de liderarem a outros.
Irmãos e irmãs, observai com
atenção este fato que se alguém se oferece para o serviço cristão, mas
anteriormente não teve ocasião de aprender a ser submisso, mostrar-se-á
cristalizado em seus próprios caminhos e estará perenemente pronto para tomar
a iniciativa e para liderar a seus companheiros; ao passo que aquele que já
aprendeu a submissão, através de severa disciplina, manter-se-á firmemente
estabelecido no Senhor, mas não procurará dominar aos seus pares. Confio em
que nenhum de vocês se mostrará inflexível, mas que cederá aos seus irmãos na
fé, dando-lhes o direito de exercerem o seu livre arbítrio em tudo. Devemos ter
cuidado para que não lhes furtemos o seu livre arbítrio, uma faculdade que lhes
foi outorgada por Deus, o que estaremos fazendo se lhes impusermos as nossas
próprias convicções.
Enquanto um crente que se caracteriza pela subjetividade for
deixado isolado, o seu individualismo não se manifestará. Mas, ponha-se o mesmo
junto com alguns poucos irmãos na fé, e imediatamente ele assumirá a
liderança. Ou coloque-se uma irmã que tenha forte tendência para a
subjetividade, em um lugar com outra irmã, e dentro em breve aquela estará
dizendo à sua companheira que tipo de alimentos se deve comer, que estilo de
roupas se deve usar, e que tipo de colchão é mais propício para conciliar o
sono. Contanto que apenas uma delas tenha fortes idéias próprias, a vida entre
elas será possível; porém, se ambas tiverem idêntica disposição, não se
passará muito tempo antes que elas cheguem a um impasse.
Já tivemos oportunidade de frisar
a necessidade de cedermos aos nossos semelhantes, quando vivemos e trabalhamos
juntos; mas isso não significa submissão indiscriminada, nem quer dizer que
devamos tolerar o mal em silêncio. Naqualidade de servos do Senhor, compete-nos
ser fiéis, e a fidelidade, algumas vezes, exigirá que exortemos, que
advirtamos, ou que repreendamos. Algumas vezes teremos que tratar os outros
com firmeza, porque não ousaríamos tolerar aquilo que está errado; mas aqueles
com quem o Senhor já tratou tratarão os outros com fidelidade, para com eles e
para com Deus, e não por causa de algum desejo inato de dominar outras vidas.
Paulo era um líder nato, mas
também era homem preparado pelo Senhor. Ao desincumbir-se de seu ministério,
algumas de suas afirmações eram "graves e fortes"; Ele sabia ser
mordaz em suas denúncias contra o mal, mas também podia mostrar-se gentil até à
ternura, com os fracos e equivocados. Sabia acusar os mestres falsos nos termos
mais vigorosos, mas também era tão emancipado de si mesmo que foi capaz de
escrever: "Alguns efetivamente proclamam a Cristo por inveja e porfia;
outros, porém, o fazem de boa vontade; estes, por amor, sabendo que estou
incumbido da defesa do evangelho; aqueles, contudo, pregam a Cristo por
discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias.
Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado,
quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre
me regozijarei" (Filipenses 1.15-18). Podem ver vocês o equilíbrio
perfeito na vida de Paulo? Ele sabia alegrar-se se os homens acolhessem a sua
mensagem e andassem como ele mesmo andava, mas também continuaria a
regozijar-se se eles rejeitassem a sua mensagem e lhe armassem oposição. A
fidelidade exige uma atitude intransigente e uma linguagem intransigente; mas
se a linguagem de Paulo, vigorosa como era, provocava antagonismo contra ele,
o apóstolo não recebia isso como uma afronta pessoal, mas podia prosseguir
jubiloso no fato que eles estavam anunciando a Cristo. A pessoa inclinada para
a subjetividade fica obcecada pelas suas próprias idéias e vive a defendê-las,
e facilmente se ofende se as suas sugestões não forem seguidas; mas aquele que
tem aceitado constantemente a correção hesita em assumir a liderança e evita o
perigo de manipular outras vidas. O homem que se apega aos seus próprios
pensamentos e caminhos é tacanho e intrometido, mas o homem que já aprendeu a
encurvar-se debaixo da mão castigadora de Deus, tem-se expandido por meio da
pressão, e é homem de coração grande e de horizontes amplos.
Sintetizando o que temos dito, se o propósito do Senhor houver
de ser realizado por nosso intermédio, então devemos ser libertados de toda a
subjetividade, e isso só poderá tornar-se uma realidade na medida em que Lhe
dermos permissão para que nos tome pela mão e que nos amolde sem qualquer indulgência,
pois o nosso próprio ego é o ponto crucial do problema. Em algumas vidas isso
se torna mais evidente do que em outras, mas nenhum de nós está imune a essa
dificuldade. Continuamos dotados de nossas próprias opiniões e de nossos
próprios meios de agir, e ainda continuamos tendo a tendência de controlar
outras vidas. Por conseguinte, humilhemo-nos debaixo da mão de Deus, a fim de
que Ele nos torne intransigentemente fiéis em todo o nosso ministério, ao mesmo
tempo que sejamos gentis de espírito e sempre prontos a ceder terreno ante
outros membros de Sua família.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Pregação, tabernáculo, tabernáculo da adoração, mensagem, Jesus, apóstolos, livros, igreja, culto, jundiaí, pesquisa, Mésias, Cristo, tabernaculodaadoracaojundiai
COMO ATINGIRMOS O CORAÇÃO DE DEUS (IICr 7:14) “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.
Para Que Uma Pessoa, Uma Igreja, Uma Nação, Possa Receber As Bênçãos Das Mãos Do Deus E Necessário Atingir O Coração De Deus
Neste versículo aprenderemos como atingirmos o coração de Deus.
1º VOCÊ PRECISA SE HUMILHAR DIANTE DE DEUS
Um dos significados da palavra humilhar é: Submeter-se, render-se e prostrar-se
SE HUMILHAR é Submeter, é se por debaixo, é tornar dependente, é se sujeitar.
Então aquele que se humilha ele esta se colocando debaixo das mãos do Soberano,
Ele depende de Cristo para receber o perdão dos seus pecados.
SE HUMILHAR é se Render, mas se render do que:
Aos desejos e propósitos do Senhor Jesus em torna-lo cada vez mais puro e santo.
Aquele que se humilha, ele se torna dependente, ele se entrega a supremacia do Deus.
Ao tornar-se humilde está pessoa está submetendo a receber a graça e o perdão que nos levará a Deus.
SE HUMILHAR é se prostra, é se lançar aos pés daquele que tudo vê, tudo pode, tudo sabe.
É matar, deixar morrer, o desejo de vingança de orgulho, da carne.
Se humilhar, é reconhecer quem éramos no passado , e Deus nos deu uma nova vida.
A humilhação, faz toda a diferença na vida do cristão.
(Tg 4:10) Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.
(IPe 5:6) Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte
(Mt 23:12) “Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado”. .
Para mexer no coração de Deus, a primeira coisa que você deve fazer é se humilhar. ORA COMIGO
Senhor eu reconheço os meus pecados, eu reconhece as minha falhas, eu reconhece os meus defeito os meus erros, eu quero Senhor, abrir meu coração, a minha alma tem sede de ti, eu desejo receber o seu perdão, eu quero ser perdoado por ti.
Vale a pena se humilhar, não pense duas vezes, pois aquele que se humilhar diante de Deus, alcançarão as bênçãos.
2º VOCÊ PRECISA TER UMA VIDA DE ORAÇÃO, POIS A ORAÇÃO E A CHAVE,
QUE ABRE O CORAÇÃO DE DEUS
(Lc 1:13a)Disse-lhe, porém, o anjo: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida.
Zacarias, se ele não tivesse buscado ao Senhor, se ele não tivesse orado, ele não teria alcançado o coração de Deus, mas devido a sua insistência Deus ouviu a sua oração e respondeu ao seu clamor.
Portanto, você que está precisando de uma, benção urgente, de uma vitória, não perca mais tempo, levante um grande clamor, e começa a orar.
Busque ao Senhor em oração, as tuas orações subirão como cheiro suave e Deus se alegrará e responderá, pois a oração atinge o coração de Deus.
E quando o coração de Deus é atingindo, libera e derrama a benção e a unção da providência sobre a sua vida.
O que é Oração? É Conversar com Deus, é dialogar com o teu criador, a oração é uma busca de contato com Deus, a oração é o segredo para receber poder e autoridade, oração é a alavanca que move o cristão, a superar as dificuldades e renovar as suas força.
A oração é o oxigênio da nossa alma é ter comunhão com Deus, é a chave que abre as janelas do céu, Portanto, se você não gosta de orar,